É difícil tatear a vida
pra mim é uma missão quase impossível
um quebra cabeça quase sempre imprevisível
queria poder falar do sol, do cheiro de café pela manhã
dos carros passando no cotidiano apressado
da saia percorrendo a sala de espera
mas é difícil tatear a vida
me sinto refém desta observação
que mal se prende ao que enxerga
ouço cães latindo
pássaros gargalhando ao meio dia
e pessoas de tantos tipos
expondo milhões de pensamentos
entretidos nos vínculos de cada momento
mas meu meio está quase sempre de passagem
descobrindo o que passou em eternidade
fazendo com que eu me perca do que está por perto
mas um dia descobrirei o sentido das coisas
aprenderei a falar sobre o mar
sobre o encontro ou a partida
sobre a criança entretida
só pra tatear a vida...
aprenderei a me apegar
ao que vejo, ao que toco, ao que ouço
ao que sinto sem saber...
Pedro Melo
Escritas, estados de espírito, letras, ideologias, pensamentos, filosofias, poesias, sonhos, consequências mortais e imortais.
quarta-feira, fevereiro 01, 2017
segunda-feira, abril 18, 2016
Só
por meio da educação teremos, algum dia, a chance de encontrarmos e
usufruirmos da nossa potencialidade enquanto nação. Um povo que tem
preguiça de aprender faz do seu país um conglomerado fadado a uma evolução seletiva, pouco íntegra
e sem possibilidades reais. É claro que projetos educacionais e pautas
políticas são importantes quando se trata de educação, mas a maturidade
por inovações individuais não só pode como deve ser vista como um vetor
essencial de mudança. Fazer parte de uma nação deve ser encarado como
objetivo coletivo que parte de uma missão que precisa ser desenvolvida a
partir de uma predisposição individual. Ou o pontapé inicial parte do
individual ou sempre pautaremos a nossa vida por meio de uma
coletividade que não pode ser considerada como o melhor dos exemplos,
justamente por estar doente, carente de fontes como bases sólidas de
estruturação social. A mudança externa deve ser consequência direta de
um enfrentamento interno, seja qual for a ideologia que se pretende
seguir ou a liberdade que se busca alcançar. Em algum momento é
necessário repensar valores e reciclar conceitos em busca de uma transformação que irá ter consequência direta no realidade do país.
Reforma política, senso moral, aprofundamento cultural e revolução do
pensamento partem de seres humanos dispostos a mudarem, antes de tudo, a
si mesmos. Só a partir daí o efeito fará de nós uma sociedade mais
madura, politicamente organizada, mais sincera consigo mesma, com as
bases da sua própria educação e preparada para encarar adversidades
porventura existentes.
domingo, abril 17, 2016
.
As pessoas adoram tirar conclusões próprias
por meio de experiências alheias. Não sabem que cada ser humano é um universo e
cada escolha é fruto deste mesmo universo. Todos temos coisas em comum mas a
passagem e experiência de cada ser humano é única. Podem haver coincidências,
verdades que se aplicam a todos, dificuldades compartilhadas, mas as conclusões
e a forma de buscar soluções pra problemas comuns serão sempre frutos de almas
preparadas por si mesmas, peculiares e quase sempre contextualizadas dentro de
uma busca incessante autocentrada. Meia verdade nunca será verdade inteira e
liberdade de escolha só se pode ter quando se assume as consequências advindas
destas mesmas escolhas.
sábado, abril 16, 2016
(Da liberdade social - Pedro Melo)
Diariamente é preciso encontrar-se e recomeçar verdades do zero novamente. Todo dia é importante descobrir que, no que diz respeito à humanidade, o bonito para o mundo deve partir da criação individualmente considerada e bem pensada. A vida dentro de um contexto de ordenamento social pode até encontrar-se limitada a determinados padrões de vontade, mas em se tratando de aspectos visionários da existência e de uma saudável fulga da realidade, o ser humano jamais pode adaptar-se a si mesmo. Fazer isso seria negar a sua própria natureza inovadora e construir uma adequação perdida da sua finalidade criadora, permanente, involuntária e mutável. O que somos como coletividade é principalmente fruto de mudanças que insistem em se libertar individualmente e, como seres inadaptáveis e inconstantes, somos o instrumento perfeito dessa tração criadora, seja para o mal ou para o bem. Preservar conceitos antigos é essencial, mas manter a máquina da criação e renovação ligada é perpetuar a própria existência da liberdade. E que essa liberdade seja sempre e principalmente pautada por almas bem satisfeitas.
sexta-feira, março 11, 2016
Espaço dos sonhos - Pedro Melo
Nem sempre o sonho
é só sonho.
É uma nova realidade
Que nasceu...
No lugar do despertar;
Assim como a verdade
Que pra ser plena
Nada tem de absoluta.
é só sonho.
É uma nova realidade
Que nasceu...
No lugar do despertar;
Assim como a verdade
Que pra ser plena
Nada tem de absoluta.
sábado, fevereiro 20, 2016
Sobre a permanência - Pedro Melo
Desafiar a permanência é necessário para entender não só aonde se quer chegar mas até onde se deve seguir para isso. O impulso te leva aonde você ainda não está e a procrastinação sacrifica a vitalidade da conquista. Encarar obstáculos ou adversidades no caminho é encontrar-se com a própria essência, seja pelo o que se busca encontrar, seja pelo que se espera perder. Seja como for, é importante manter a chama de antigos ideais acesa, pois são elas que marcam o encontro com a realidade do tempo quando estamos cansados demais para lembrar de onde partimos e como chegaremos. Limitar a alma dentro de um contexto de espera é encontrar-se estático diante das possibilidades da existência. A real liberdade de um homem é encarar a si mesmo sem precisar de um momento certo para isso.
terça-feira, fevereiro 02, 2016
domingo, janeiro 24, 2016
Precisão de um enredo - Pedro Melo
Sou uma
alma inquieta
com uma
mente aberta
que não
se contém...
Vivo
constelações sem pressa
trazidas
pela união das eras
e o que
ainda vem...
Minha
morada se faz de escritas
no
silêncio das horas bonitas
que a
vida insiste em libertar...
Quanto
aos sonhos, deixo-os livres
para
que pra sempre eternizem...
liberdades
que hão de voltar
Meus
caminhos assim eu escrevo
protegidos
na emoção de enredos
descobertos
por serem o que há
quase
de repente, porém devagar.
terça-feira, janeiro 19, 2016
Paciência - Pedro Melo
Tenho em mim toda a
liberdade que preciso
como um espelho que em
si reflete o improviso
sem revelar o que
parece ser provável
Disfarço o querer
escondido em preferências
sempre em mim mas sem
criar consciência
apenas vivo a
reinvenção dos meus enredos
mais como introspecção,
menos como segredo
Sigo adiante observando
essa novela
levando comigo a
liberdade de uma espera
e, sem perceber, vou
assumindo caminhos
envolvendo miragens e
me criando sozinho
De ideal o que
permanece é paisagem
desvendando paciência
e encontrando coragem
para tudo o que há de
ser
num espaço de tempo
E sem mais nem porquê
começo a entender
o que não se pode
querer
na condição de um só
momento.
Ouvindo https://www.youtube.com/watch?v=N_GPxe91hWE
Ouvindo https://www.youtube.com/watch?v=N_GPxe91hWE
(Resposta universal - Pedro Melo)
Sigo
alto ou baixo e o terreno pouco importa
entrego
à distração os sentidos da matéria morta
distante
da experiência encontrada em respostas
sigo de
mãos dadas com a eternidade empírica
em
diálogos entre a visão e a consciência bíblica
Desvendo,
com o tempo, os pensamentos passados
como
condição de frequência do presente revelado
respiro
cenários rituais da mais complexa energia
em
união de revelação, mente, mistério e poesia
Na
intuição do universo que nos toca
como
observador que preserva aquilo que crê
sigo na
dimensão que não se pode entender
apenas
sentir e fazer do sonho a sua forma...
Esperando
a sequência da imersão permanente
crio o
que não se cria no reflexo de um espelho
e quase
sempre a condição da resposta premente
é a
liberdade que muito antes de chegar já veio.
terça-feira, dezembro 01, 2015
quinta-feira, novembro 19, 2015
segunda-feira, outubro 19, 2015
terça-feira, outubro 06, 2015
O homem não é nada em si mesmo. Não passa de uma probabilidade infinita. Mas ele é o responsável infinito dessa probabilidade.
Albert Camus
sexta-feira, outubro 02, 2015
(Desperdício - Pedro Melo)
Deixa eu descansar os olhos
imaginar sem ter que acordar
e descobrir que o ideal é uma fração da ilusão
onde somos todos eternos
e a eternidade é pura solidão
Deixa eu inventar
entre estrelas, vazios e a dispersão da cidade
uma fração minha escondida em seu jeito
onde a vida é maior
do que qualquer vago conceito
E vou sonhar como sempre
de passagem sem presente
inventando uma paixão em cada esquina
como quem chega para encontrar
na mentira da verdade
a pureza do azar
Deixa eu encontrar sua estrada
me reinventar em cada imagem
desvendar suas vaidades cansadas
como quem brinca com miragens
E assim serei momentos sem volta
mente, coração, amizades e revoltas
sem motivos para estarem perdidas
por serem pra sempre de repente vividas.
ouvindo - https://www.youtube.com/watch?v=MC8QcaMMVQE&list=PLWYjyXAFC56dlQkU62d2zmF4BgkLpfEVx&index=10
imaginar sem ter que acordar
e descobrir que o ideal é uma fração da ilusão
onde somos todos eternos
e a eternidade é pura solidão
Deixa eu inventar
entre estrelas, vazios e a dispersão da cidade
uma fração minha escondida em seu jeito
onde a vida é maior
do que qualquer vago conceito
E vou sonhar como sempre
de passagem sem presente
inventando uma paixão em cada esquina
como quem chega para encontrar
na mentira da verdade
a pureza do azar
Deixa eu encontrar sua estrada
me reinventar em cada imagem
desvendar suas vaidades cansadas
como quem brinca com miragens
E assim serei momentos sem volta
mente, coração, amizades e revoltas
sem motivos para estarem perdidas
por serem pra sempre de repente vividas.
ouvindo - https://www.youtube.com/watch?v=MC8QcaMMVQE&list=PLWYjyXAFC56dlQkU62d2zmF4BgkLpfEVx&index=10
quarta-feira, setembro 30, 2015
..você não deve praticar ações gentis em favor de um nascimento celestial, mas sim para que dia e noite, corretamente livre de pensamentos rudes, amando igualmente tudo que vive, você possa se esforçar para se livrar de toda a confusão da mente e praticar contemplação silenciosa; no fim, apenas isso traz benefício; além disso não há realidade.”
- em '' Despertar: Uma vida de buda.''
Jack Kerouac
- em '' Despertar: Uma vida de buda.''
quarta-feira, setembro 09, 2015
(Canto das asas - Pedro Melo)
Voa canto das asas!
Voa canção da alma!
Voa na imensidão das suas Gerais
Envolva a atmosfera da paixão
Em contornos de azul e paz.
Faça das asas a luz da emoção!
Faça assim sem mais...
Veja como a terra é pequena
e tudo o que se tem são detalhes
Voa na emoção das lágrimas
Neste céu estrela de miragens...
Voa por onde o tempo se perdeu
em caminhos da sua própria companhia...
Seja a liberdade de ser
Em sonhos de esperança...
Voa quase sem querer!
Quase sem lembrança!
Seja a distância do horizonte
Este que se vê em mil lençóis
Fonte de toda a fantasia...
Sentido de asas sem nós
Voe por ser paisagem
E parte dos dias...
Voa na imensidão desta viagem
Como pássaro de alegria!
Viva os movimentos do destino
Fonte de única harmonia
Voa por ser tudo liberdade!
Voa que o amor se cria...
Voa asas do mundo!
Seja eterna brevidade...
De retornar ao que já foi um dia,
Espírito em passagem...
Voa canção da alma!
Voa na imensidão das suas Gerais
Envolva a atmosfera da paixão
Em contornos de azul e paz.
Faça das asas a luz da emoção!
Faça assim sem mais...
Veja como a terra é pequena
e tudo o que se tem são detalhes
Voa na emoção das lágrimas
Neste céu estrela de miragens...
Voa por onde o tempo se perdeu
em caminhos da sua própria companhia...
Seja a liberdade de ser
Em sonhos de esperança...
Voa quase sem querer!
Quase sem lembrança!
Seja a distância do horizonte
Este que se vê em mil lençóis
Fonte de toda a fantasia...
Sentido de asas sem nós
Voe por ser paisagem
E parte dos dias...
Voa na imensidão desta viagem
Como pássaro de alegria!
Viva os movimentos do destino
Fonte de única harmonia
Voa por ser tudo liberdade!
Voa que o amor se cria...
Voa asas do mundo!
Seja eterna brevidade...
De retornar ao que já foi um dia,
Espírito em passagem...
segunda-feira, junho 02, 2014
Devagar e sempre - Pedro Melo
Visita o teu íntimo
conhece a ti mesmo
despertando o ser
sem precisar de paciência
observa o universo
no espaço dos seus sonhos
liberta o efeito
antes de contemplar a causa
presença que falta
é proteção que se tem
sem precisar de muito
pra encontrar um novo além
bem antes da visão
atrás da sua cabeça
é a morada do mundo
movimento de tudo
desde o nascimento
até o silêncio profundo
cortejando em seus ouvidos
com versos de criança
o limite da existência
onde essência é esperança
brincando com a miragem
antes que eu esqueça
que alívio não é motivo
para dor de cabeça
é devagar e sempre vivo
que se espera o que aconteça
soberano de passagem
caminhando com coragem
nessa maré de azar e sorte
quem partiu sem adeus...
foi de mãos dadas com os seus
sorrindo com a morte.
ouvindo: https://www.youtube.com/watch?v=Rv7na7lRfmA
quarta-feira, março 12, 2014
sexta-feira, março 07, 2014
(Artigo Jurídico - Pedro Melo)
Fazendo uma análise dos dispositivos constitucionais no capítulo
referente à educação, cultura e desporto cheguei a uma boa conclusão. Me
deparei com um artigo que a meu ver pode explicitar a real intenção do
legislador constituinte em relação à responsabilidade dos agentes
políticos no que tange ao direito de acesso à educação. Não se trata de
um entendimento utópico e sim de uma interpretação sistemática no que se
refere a possível atribuição de responsabilidade dos agentes políticos
quando houver déficit de vagas no sistema público de ensino pátrio.
Preconiza o artigo 206 I e IV da CF de 88, concomitantemente com o
artigo 208 I e II da mesma que o ensino deverá ser financiado
gratuitamente pelo estado, bem como haverá igualdade de condições e
progressiva universalização do ensino médio gratuito. No mesmo sentido
encontram-se os artigos 53 e 54 do ECA que asseguram direito a educação a
criança e ao adolescente visando o pleno desenvolvimento de sua
pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o
trabalho. Até ai nada de especial até mesmo por poderem estas serem
consideradas normas de eficácia limitada de conteúdo programático. No
entanto, ao ler os artigos 212§ 1 da Constituição num entendimento
concomitante do disposto no artigo 54 § 2 do ECA, percebi que pode haver
uma interpretação mais benéfica e favorável àqueles que da educação
necessitam e muitas vezes não a encontram.
Dessa forma, o artigo 212 da CF/88 regula como se dará a aplicação de alíquotas de transferência no âmbito da União e dos Estados respectivamente aos Estados e Municípios para subvenção da educação.
Finalmente no Artigo 212 § 1 da CF, esta, em sua redação original, assegura que : A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao DF e aos Municipios, ou pelos Estados aos respectivos municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.
Ora, assim sendo, e fazendo-se uma interpretação do dispositivo, é natural que se chegue a conclusão de que a intenção maior do constituinte, ao que parece, foi a de que nada impeça que haja uma efetiva desconsideração da personalidade jurídica dos entes políticos para que os agente políticos possam ser condenados a arcar com o próprio patrimônio afim de assegurar o valor das matrículas em estabelecimento privados de ensino àqueles que não encontrarem vagas da rede pública, como vem reitedaramente ocorrendo no inicio dos anos letivos país adentro.
Ai fortalecendo o ensejo dado à interpretação dada ao dispositivo acima vem o artigo 54§ 2 do ECA que assegura que:
O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente.
Dessa forma, o artigo 212 da CF/88 regula como se dará a aplicação de alíquotas de transferência no âmbito da União e dos Estados respectivamente aos Estados e Municípios para subvenção da educação.
Finalmente no Artigo 212 § 1 da CF, esta, em sua redação original, assegura que : A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao DF e aos Municipios, ou pelos Estados aos respectivos municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.
Ora, assim sendo, e fazendo-se uma interpretação do dispositivo, é natural que se chegue a conclusão de que a intenção maior do constituinte, ao que parece, foi a de que nada impeça que haja uma efetiva desconsideração da personalidade jurídica dos entes políticos para que os agente políticos possam ser condenados a arcar com o próprio patrimônio afim de assegurar o valor das matrículas em estabelecimento privados de ensino àqueles que não encontrarem vagas da rede pública, como vem reitedaramente ocorrendo no inicio dos anos letivos país adentro.
Ai fortalecendo o ensejo dado à interpretação dada ao dispositivo acima vem o artigo 54§ 2 do ECA que assegura que:
O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente.
quinta-feira, fevereiro 27, 2014
(Simples refém - Pedro Melo)
Eu não vou olhar nos teus olhos
não vou dizer o que eu tenho dito sempre
vou encolher a visão ao chegar da noite
cessar o movimento dos braços
enquanto me entrego às horas escuras
Não é por querer que farei coisa qualquer
a essência não costuma pedir licença
chega de repente, calada
no impulso de uma vida que aguarda
Escolher cansa a vista
desperdiça o enigma
e faz perder sempre
Nada deve ser dito a não ser o silêncio
nesse minuto só ouço o vento
e nada por mais incrível
me parece ser assim conveniente
nem mesmo uma página em branco
pronta para ser devorada
com unhas e dentes
O cansaço é a vontade perdida
e é tão bom que assim possa ser a vida
chato mesmo é chegar em algum lugar
só pra descobrir que a verdade não existe
O necessário nos faz ausentes
doentes de nós mesmos
cansa os pensamentos e invade os apelos
sem devolver a novidade do tempo perdido
Nesse segundo tudo parou
sou refém das lagartixas desavisadas
comendo mosquitos nas paredes nuas
enquanto a lua espera lá fora
O mundo parou e o tempo não está aqui
nem mesmo o sussurro dos ponteiros
poderiam fazer essa paz diminuir
Tudo é cego e ouço um zumbido
não é questão de abrigo
é o simples estar sem perceber
observação pode ser
mas pode também não ser.
não vou dizer o que eu tenho dito sempre
vou encolher a visão ao chegar da noite
cessar o movimento dos braços
enquanto me entrego às horas escuras
Não é por querer que farei coisa qualquer
a essência não costuma pedir licença
chega de repente, calada
no impulso de uma vida que aguarda
Escolher cansa a vista
desperdiça o enigma
e faz perder sempre
Nada deve ser dito a não ser o silêncio
nesse minuto só ouço o vento
e nada por mais incrível
me parece ser assim conveniente
nem mesmo uma página em branco
pronta para ser devorada
com unhas e dentes
O cansaço é a vontade perdida
e é tão bom que assim possa ser a vida
chato mesmo é chegar em algum lugar
só pra descobrir que a verdade não existe
O necessário nos faz ausentes
doentes de nós mesmos
cansa os pensamentos e invade os apelos
sem devolver a novidade do tempo perdido
Nesse segundo tudo parou
sou refém das lagartixas desavisadas
comendo mosquitos nas paredes nuas
enquanto a lua espera lá fora
O mundo parou e o tempo não está aqui
nem mesmo o sussurro dos ponteiros
poderiam fazer essa paz diminuir
Tudo é cego e ouço um zumbido
não é questão de abrigo
é o simples estar sem perceber
observação pode ser
mas pode também não ser.
quarta-feira, fevereiro 26, 2014
(Asas do eterno - Pedro Melo)
Bom é descobrir
maneira simples de seguir
enganando a vida a qualquer hora
Melhor ainda é sentir
quando se sabe partir
sem ter que ir embora
Nascer é ter o sonho nas mãos
fazer do vestígio criação
sendo parte do mistério
Viver é encontrar na emoção
asas além da condição
é ser filho do eterno.
maneira simples de seguir
enganando a vida a qualquer hora
Melhor ainda é sentir
quando se sabe partir
sem ter que ir embora
Nascer é ter o sonho nas mãos
fazer do vestígio criação
sendo parte do mistério
Viver é encontrar na emoção
asas além da condição
é ser filho do eterno.
terça-feira, fevereiro 18, 2014
Da Solidariedade - Pedro Melo
A solidariedade é extraordinária enquanto não pode ser medida. Não é ponderação de valores, não se limita a aspectos da importância e não se deve ater a fundamentos do considerável. Na solidariedade o justo não existe. Nela encontramos a dimensão da ausência na medida da liberdade criada pela falta da condição. A solidariedade só nasce da plenitude e, no entanto, não deve ser ser vista como tal. Justamente por ser a mais perfeita medida do fim em si mesmo. Em si mesma. Como fonte de encontro com o todo sem conceitos específicos, é a cura das necessidades através da desconexão do ser. Não é a justiça do homem e não pode ser considerada objeto de doação, sinônimo de consciência ou disposição do indivíduo. Isso é ego. Na solidariedade o possível não se descobre e o impossível se conquista. Apesar de diretamente beneficiá-lo, não é fonte deste plano e nem troca de observações. Nela nada se enxerga mas tudo se vê.
quinta-feira, outubro 24, 2013
quarta-feira, outubro 09, 2013
(Até que seja tarde demais - Pedro Melo)
Tenho você de novo ao meu lado
em um filme inventado do acaso
neste apelo da liberdade em desatino
desejando despertar nosso destino
Então pra que entender
se no olhar mora a intenção das miragens
e se nada é o que parece ser
em encontros do agora viramos eternidade
Dividindo sonhos a noite inteira
contando segredos por brincadeira
reféns de nós mesmos e do vasto desejo
resolvendo o amor entre cenas e beijos
Antes que seja tarde demais
até que seja tarde demais...
E se os motivos já não são condição
na virtude do engano somos emoção
dando abrigo aos novos planos
lembrando de histórias perdidas nos anos
Você me diz estar sozinha
eu te digo nem pensar
você quer provas sinceras
e eu te mostro devagar
Descobrindo entre lágrimas
toda a inocência das promessas
na versão das nossas histórias
entre dias de coincidências dispersas
(mas desta vez para vivermos sem pressa)
Antes que seja tarde demais
até que seja tarde demais…
E que seja assim por mais de um instante
e que seja sob a noite dos amantes
e que seja quando for pra ser
entre as noites de madrugada
e o sol que está para nascer.
*listening to: http://www.youtube.com/watch?v=CbWyIDPBRiI
em um filme inventado do acaso
neste apelo da liberdade em desatino
desejando despertar nosso destino
Então pra que entender
se no olhar mora a intenção das miragens
e se nada é o que parece ser
em encontros do agora viramos eternidade
Dividindo sonhos a noite inteira
contando segredos por brincadeira
reféns de nós mesmos e do vasto desejo
resolvendo o amor entre cenas e beijos
Antes que seja tarde demais
até que seja tarde demais...
E se os motivos já não são condição
na virtude do engano somos emoção
dando abrigo aos novos planos
lembrando de histórias perdidas nos anos
Você me diz estar sozinha
eu te digo nem pensar
você quer provas sinceras
e eu te mostro devagar
Descobrindo entre lágrimas
toda a inocência das promessas
na versão das nossas histórias
entre dias de coincidências dispersas
(mas desta vez para vivermos sem pressa)
Antes que seja tarde demais
até que seja tarde demais…
E que seja assim por mais de um instante
e que seja sob a noite dos amantes
e que seja quando for pra ser
entre as noites de madrugada
e o sol que está para nascer.
*listening to: http://www.youtube.com/watch?v=CbWyIDPBRiI
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