sexta-feira, julho 03, 2009

(Proporção - P.M)


Entre raros propósitos
Escolho os do peito
Das repetidas horas
Sobrevivo das eternas

Dos sentimentos
Quero os que respiram
Das sensações
As afogadas por vida

Das palavras
Crio as não ditas
Das provas
Creio nas omissivas

Perdido em infinito insatisfeito
Mal enxergo o que os olhos decifram
Sou visão nos asilos da distância
Ímpeto acuado entre pontos

Ausente em sombra de amplidão
O além me parece um céu de vida
E os passos, desterro do coração
Verdades que mal me são ditas.

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