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quarta-feira, abril 14, 2010
(Portos do meu peito - P.M)
Em minhas cinzas virtudes,
Onde mal consigo enxergar
Tudo é chuva de pensamentos
Destas nuvens a improvisar.
Em segundos de essência,
Confundindo o pouco que resta
Vou brincando de transparência
Como alma perdida entre frestas.
Pois jamais poderia, eu propor...
Nos campos abertos da existência
Assumir gesto, mesmo que firme
Em traço ausente de qualquer dor.
Pois nem a mais livre felicidade,
Ou a mais alegre das liberdades,
Poderiam entreter meu coração
Nas obras partidas de meus feitos.
Somente a tristeza amiga,
Ancorada em emoção
Desafoga o sentimentos parados
Nos portos do meu peito.
(Dedicada a letra da música Há Tempos do mestre Renato Russo que diz:
"Tua tristeza é tão exata, e hoje em dia é tão bonito, já estamos acostumados, a não termos mais nem isso")
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