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terça-feira, maio 25, 2010
(Me dê as suas mãos, dizia ela - P.M)
Me dê as suas mãos, dizia ela
Me empreste as suas asas
Te levarei rumo ao desconhecido
A passear onde as cores são maiores
Do que os sentidos
Me permita tocar suas notas
Deixe me difundir sua alma,
Te apresentar a vontade das vontades
No reflexo da mais pura pretensão
Vou ensinar sua liberdade, dizia
A perfeição de bocas mudas...
Levarei sua ilusão a se perder
Na sensação do que não muda
Seus olhos fechavam, e ela suspirava
Como o canto de penas brancas
A contornarem o vento, devagar
Na calma da esperança dispersa
Vou te ensinar verdades sinceras
Sentimentos de um novo tempo
Detalhes a brincarem de esferas
No fascínio do envolvimento...
Te encontrarei na renuncia das ausências.
A cortina de sua visão se abriu...
Na plenitude do que não foi prometido
Em promessa do que não foi definido
Nas puras fontes da saudade...
Nos traços marcados de suas palmas
E ela se foi, como se nunca tivesse estado.
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