sábado, julho 26, 2008

(Aspectos Ocultos - P.M)


No limite da supérflua observação
Esse que se molda no vácuo do pensar
O ver por ver se torna humana imperfeição
E não atravessa a fronteira do subliminar

No íntimo da realidade escondida
É simples o observar por um só ângulo
Mas é melhor conhecer os opostos da vida
Do que encarar o surreal brincando

Diante da ótica desfocada do todo
Sobrevive bem quem vê além da alma
Mantendo corrente de sustento forte
Em caminho do livre arbítrio e calma

Os conflitos ocultos da verdade
Em suas batalhas invisíveis
São tidos como meros sentimentos
De egos em inocente neutralidade

Mas a natureza é fruto do equilíbrio
Este que se trava no agir dos meios.
Melhor ter crença no submundo dos sentidos
Do que se achar perdido em devaneio

Perante a infinidade de planos universais
Os cinco sentidos são mera forma de ilusão
Vagando perdidos entre o céu e a terra
No mundo dos poucos elementos da percepção

Como poeira cósmica procurando seu lugar
Distantes de respostas e clareza
O único ambiente provável pro estar
Talvez seja a serenidade da beleza

Mas necessário se faz o cultivar do inconsciente
Afim de acrescentar na linha reta da noção
A possibilidade distante do presente
E a profundidade de nossas almas em conclusão.

quinta-feira, julho 17, 2008

(Foco - P.M)


Mais um foco...
Nova visão...
Cada minuto...
Plena redenção...

O recomeço...
Faz parte do nato...
Transformando o fim...
Em nova etapa dos fatos...
Mas o óbvio...
Nem sempre é simples...
Da mesma forma clara...
Em que a racional existe...

Assim em cada instante...
Que venha o sentido regente...
Apresentar o óbvio...
Longe de pensamentos presentes...

Fazendo o simples...
Parecer mais natural...
E tornando a natureza dos fatos...
Uma única presença real...

Para que assim os meios...
Plantem os sentidos...
Fazendo com que o natural...
Em óbvio se torne fluindo.

segunda-feira, julho 07, 2008

(Teoria e Pecado - P.M)


Sou água e pedra...
Andando lado a lado...
Conflito e atração...
Teoria e pecado...

Tenho sentimentos
Bons e ruins...
Mas prefiro o atalho...
Pelo precioso meio...

Entendo a luz...
Amo a escuridão...
Na primeira, me vejo...
Na segunda, intuição...

Sou pressa e calma...
Sem contradição...
Nem sempre me acho...
Mas busco a precisão...

Sempre tranquilo...
Acostumado ao meu ver...
Sei que diferença e detalhes...
Virão pro meu saber...

Polarizo meus passos...
Em prática sagaz...
Omisso sem ser neutro...
Sou autoria, essência e paz!