segunda-feira, dezembro 15, 2008

(Em Busca de Nada - P.M)


Nas estreitas veias da realidade
A plenitude é momento de luz
E diante das infinitas condições
A existência é pura simplicidade

Agarrar-se nas raízes
É simples maneira de buscar
Encontrando a si próprio
Submerso em destino a cavalgar

Bem se sabe do eterno
Agindo como senhor do tempo
Fluindo de maneira subliminar
Na proporção dos sentimentos

O impulso é mais frequente
Em aprendizado constante
Deixando o estar acontecer
Sem vínculo por demais relevante

Deixo passar, melhor é viver
A esperança de vida
Não enfraquece em desencontro
Deixe, e nada realmente importa

O caminho será regado
Mesmo que em clareza infundada
Seja certo ou imperfeito
Os olhos nem sempre sabem ver.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

(Daqui Nada se Leva - Que suas escolhas e atitudes o façam digno da bençao de sua existência. P.M


(Corrupcão Desmedida - P.M)

"Seres Humanos são grãos de poeira
suspensos em raios de sol
com o devido brilho do ser
mas existe o lado oposto da moeda
que só pensa em poder"

"não deixemos que seus costumes desmedidos
nos façam virar o túmulo de nossos próprios sentidos"

...egos sem redenção perdidos em desertos de vida...

...certeza da desilusão na verdade escondida...

...caos e contra mão na armação mantida...

...teimosia e nula posição na escolha perdida...

...antídoto desmedido de cura nociva...

...falsa decência na incoerência da dança...

...preguiça que condena na demorada mudança...

...câncer do justo na solidariedade traída...

...o oasis do medo na indiferença instruída...

...corrupção dos sentidos na percepção ofendida...

...o pensamento nulo sem o sentido regente...

...desespero terreno em vagar material...

...o mundo mantido pela fatalidade banal...

"Nós precisamos de Nós
Está em tempo de Mudar"
"Não deixemos uma minoria violar uma corrente que há de formar harmonia"

domingo, setembro 14, 2008

(Sonho na Fronteira - P.M)


Na fronteira do além
O tempo parou
A consciência é sensitiva
E o Amor é fraterno

Perante o túnel das esferas
Os minutos são apenas minutos
Enquanto os passos traçados
Já não são superticiosos

O vínculo é aberto e presente
Os índios da terra querem nos apresentar
Eles sabem que o caminho nunca erra
Sabem que a sentença é pura

As mãos estão estendidas todas juntas
Numa corrente de união
A essência é na crença
E o egoísmo tornou-se comunhão.

As cantigas são sussuradas ao vento
Conversando com a atmosfera nascente
Eles conhecem a fonte da revelação
Mas o motivo não nos pertence

O convite é feito sem medo
Os sentidos falam por si só
Todos os momentos são eternos
E a ilusão é nossa pedra segura

O vasto campo brilha
Clamando pelo encanto
E as trilhas são fáceis
Simples desejos da paixão

Sinto as pessoas que se foram
Tão presentes como nos sonhos
E o ambiente é de reverência
Aos elementos que nos guiam

O horizonte nos observa calmamente
Com o brilho indescritível da previsão
A realidade aqui é universal
Nascendo na alma da perfeição.

quarta-feira, setembro 10, 2008

(Versos - P.M)


Nesse corpo em vão que me acorda
Dorme acesa a feição da beleza
Mas lá no fundo, onde não se acha
Bem no contemplar ausente da graça
Por vezes
Vejo olhar perdido olhando a praça
Noutro momento, achando-se na aurora
Mas não vejo, por hora, o visível
É partindo de mim, o que vem de dentro,
Talvez com o pensar de fora,
Que me nasce agora o inexprimível
Enxergar do sentimento.

segunda-feira, setembro 08, 2008

(Lapso Temporal - P.M)


Vejo detalhes que ficam
Sinto memórias que vão
E o futuro agora
Nessa boba pretensão
Já o passado,
Sempre mais presente
Do que nossa própria previsão
E o tempo não se mede
E o tempo não se mede
Mas os minutos, esses sim
Esses sempre passarão.

domingo, setembro 07, 2008

(Consequências - Mario Freire)


O universo está se expandindo
E o Tempo está diminuindo

Quanto mais perto fica, mais longe ficará depois
Tanto no passado, quanto no futuro

Há tantas situações semelhantes que nós não percebemos
Há tantas chances parecidas que nós podemos conseguir

É assim que nós conseguimos concluir a fase do bem
É assim que inclui os dois lados paralelos

Tudo que a gente faz, nós conseguimos
Somente pensando positivo para conseguir

Tudo que nós fazemos voltará para nós
Tudo que nós tentamos voltará para nós

Seja feita com linhas tortas
Seja feita com linhas retas

Tudo que a gente faz, irá voltar para nós
Tudo que a gente faz, irá refletir sobre nós

Se jogar uma bola para o alto, cairá na sua cabeça
Se queimar uma floresta inteira, irá causar tormentas

É fazendo bem que nós conseguimos tudo
É fazendo certo que nós conseguimos bem e não o mal

E vai ser sempre assim
E sempre será assim

É praticando bem que nós aprendemos a evoluir
É aprendendo certo que nós conseguimos fazer o bem

É essa a lei do universo que inclui os dois lados paralelos
É essa regra que nós devemos usar para fazer o bem

quinta-feira, setembro 04, 2008

(Aprendendo a Voar - Pink Floyd)


À Distância, uma fita preta
Estendida até um ponto sem retorno
Um vôo de fantasia num campo varrido pelo vento
Em pé sozinho e os meus sentidos embaraçados
Uma atração fatal me segurando firme
Como eu posso escapar dessa força irresistível

Não consigo tirar os meus olhos do céu que roda
Com a língua presa e enrolada
Somente um desajustado preso à terra, Eu

Gelo se forma sobre as pontas de minhas asas
Avisos sem cuidado, eu pensei, pensei sobre tudo
Nenhum navegador pra guiar o meu caminho pra casa
Descarregado, vazio e transformado em pedra
Uma alma sobre tensão que está aprendendo a voar
Preso a condições mas determinado a tentar

Não consigo tirar os meus olhos do céu que roda
Com a língua presa e enrolada
Somente um desajustado preso à terra, Eu

Acima do planeta com uma asa e uma prece
A minha auréola desmazelada ,
Uma trilha de vapor no ar vazio
Pelas nuvens eu vejo minha sombra voar
pelo canto do meu olho marejado
Um sonho não ameaçado pela luz da manhã
Poderia levar esta alma através dos céus da noite

Não há sensação para se comparar com isso
Animação suspensa um estado de êxtase

Não consigo tirar minha mente do céu que roda
Com a língua presa e retorcida
Somente um desajustado preso à terra, Eu

domingo, agosto 03, 2008

(Morte - P.M)


A morte segue os passos da vida
Nasce de sonhos e pesadelos
Enfrenta instantes de partida
Com o futuro do tempo inteiro

É triste mas têm suas preces
Revelando pactos sem medo
É luz de túnel que floresce
Nas cores de fim do enredo

Brota na quimera da alma
Em seu jardim de emoção
Fonte de essência da paz
É certeza em mar de grãos

É o desejo que se rompe
Pela atração do vasto
O astral envolvido
Pelo elemento mágico

O vai e vêm da separação
Em momento que parou
A certeza de eterna paixão
No retrato que ficou

Brilho do olhar que partiu
Sumindo por entre os mundos
Os sentidos que navegam
No fluir por sobre tudo

Profecia do ser
Pelo encontro com o limite
É o mudar de esfera
Em um segundo que persiste

O espírito que passou
No suspiro que liberta
A palma da mão que ensina
Sobre a pura descoberta

O mais livre dos arbítrios
Sem falsa esperança no vagar
O reinício da lembrança
Que nos fará admirar.

sábado, julho 26, 2008

(Aspectos Ocultos - P.M)


No limite da supérflua observação
Esse que se molda no vácuo do pensar
O ver por ver se torna humana imperfeição
E não atravessa a fronteira do subliminar

No íntimo da realidade escondida
É simples o observar por um só ângulo
Mas é melhor conhecer os opostos da vida
Do que encarar o surreal brincando

Diante da ótica desfocada do todo
Sobrevive bem quem vê além da alma
Mantendo corrente de sustento forte
Em caminho do livre arbítrio e calma

Os conflitos ocultos da verdade
Em suas batalhas invisíveis
São tidos como meros sentimentos
De egos em inocente neutralidade

Mas a natureza é fruto do equilíbrio
Este que se trava no agir dos meios.
Melhor ter crença no submundo dos sentidos
Do que se achar perdido em devaneio

Perante a infinidade de planos universais
Os cinco sentidos são mera forma de ilusão
Vagando perdidos entre o céu e a terra
No mundo dos poucos elementos da percepção

Como poeira cósmica procurando seu lugar
Distantes de respostas e clareza
O único ambiente provável pro estar
Talvez seja a serenidade da beleza

Mas necessário se faz o cultivar do inconsciente
Afim de acrescentar na linha reta da noção
A possibilidade distante do presente
E a profundidade de nossas almas em conclusão.

quinta-feira, julho 17, 2008

(Foco - P.M)


Mais um foco...
Nova visão...
Cada minuto...
Plena redenção...

O recomeço...
Faz parte do nato...
Transformando o fim...
Em nova etapa dos fatos...
Mas o óbvio...
Nem sempre é simples...
Da mesma forma clara...
Em que a racional existe...

Assim em cada instante...
Que venha o sentido regente...
Apresentar o óbvio...
Longe de pensamentos presentes...

Fazendo o simples...
Parecer mais natural...
E tornando a natureza dos fatos...
Uma única presença real...

Para que assim os meios...
Plantem os sentidos...
Fazendo com que o natural...
Em óbvio se torne fluindo.

segunda-feira, julho 07, 2008

(Teoria e Pecado - P.M)


Sou água e pedra...
Andando lado a lado...
Conflito e atração...
Teoria e pecado...

Tenho sentimentos
Bons e ruins...
Mas prefiro o atalho...
Pelo precioso meio...

Entendo a luz...
Amo a escuridão...
Na primeira, me vejo...
Na segunda, intuição...

Sou pressa e calma...
Sem contradição...
Nem sempre me acho...
Mas busco a precisão...

Sempre tranquilo...
Acostumado ao meu ver...
Sei que diferença e detalhes...
Virão pro meu saber...

Polarizo meus passos...
Em prática sagaz...
Omisso sem ser neutro...
Sou autoria, essência e paz!

sábado, junho 28, 2008

(Solidão - P.M)


Dizem que a solidão
É um mal de momento
Acho um engano sem perdão
De quem não se tem por dentro

Quando estou só
Melhor enxergo o meu ver
Assim como artista
De meu próprio ser

Na busca de fora pra dentro
Procura-se o vínculo
Ao ser de dentro pra fora
É possível achar o princípio

Nos sonhos da moral
Não existem sentimentos
Agora nos do coração
Vive-se a todo momento.

quarta-feira, junho 25, 2008

(Caridade - P.M)


Me detenho à beira do cegueira...
A procura da porta pela vontade...
Vou esculpir minha semente...
Para construir sentido de caridade...

Em meio ao coletivo...
Um suspiro é natureza...
Mas só percebe quem é positivo...
E não vive de própria frieza...

Solidariedade com olhos fechados...
É como acreditar sem coração...
Pois não se pode lutar em teoria...
Esquecendo desejos de compaixão...

Na corrida por mundo melhor...
O agir é necessidade...
Mais do que redigir...
Palavras de maturidade...

O poder portanto é ouro...
Querer mais do que mãos atadas...
E a atitude é tesouro...
De quem faz o bem criar asas.

quinta-feira, junho 19, 2008

(Da Força de Vontade - P.M)


Em encontro marcado com a disciplina...
De modo a se permitir evoluir...
Fecha-se, nato, o indivíduo em sí próprio...
Em pacto vinculante a concluir :

O caminho de metas pré determinadas...
É de tão perfeita natureza...
Que desencadeia suas regras...
Em finalidade e destreza...

A conduta permanente...
Permite à mente e a sua mobilidade,
Clareza de proporção coerente...
E costume em própria utilidade...

No veto ao incerto nocivo...
O necessário torna-se prático...
E o supérfluo ilusivo...
Assunto fútil para o tático...

O ser melhor se consome...
Em auto regulação de vida...
Doando-se em possibilidade e competência...
Sem entreter-se em busca perdida.

sábado, junho 14, 2008

(Ser Oco em Espaço Cheio de Vazio - P.M)


Perante a escada do ser...
Observo o universo a entreter...
Nessa corrida regente...
A eloquência do meu ver...

De tão profundo e inacabado...
Na sobra da alma nua que gela...
Resta me apenas o carnal estado...
Em que me aquece a primavera...

E a imensidão mundana sem direção?
Nesse nosso ver pra todo lado...
Mas sem ângulo, nem compreensão...
Do mais simples existir no vácuo!

Anexos unicamente ao que vemos...
Em bruta desconexão do ser...
Procuramos abrigo terreno...
Perante torta inconstância do saber...

Materialmente acha-se possível ...
A possibilidade do sentido...
Mas penso logo existo?
Ou sinto logo vivo?

Em apurar ambíguo da certeza...
Encontra-se o despertar da mente...
Viva e sem saída...
Grandiosa e incoerente!

No grito da alma por refúgio...
Sente-se a tolice da ilusão...
Clara e ampla, ilustrando o homem...
E calando - o em contradição!

Mas obra ou casualidade...
Pra que dublar a realidade?
Será melhor o fato ou a consequência?
A causa ou a naturalidade?

(Novo Ciclo - P.M)


Meu ciclo se renova...
Agora vivo pra mim e me inspiro...
Serei próprio suporte pra minha força...
E a luta pelo alcance de minha coragem...

Sempre terei o respeito em minha dignidade...
Mas a partir desse momento...
Serei corrida e incansável vontade...
De corpo fechado e de intuição aberta...
Feito trem em constante passagem...

Serei meu campo de batalha pelo bem...
Aprenderei com os erros...
Serei a medida dos meus próprios desejos...
E aprenderei a ser, pra sempre...
Meu fundo de esperança...

Reciclarei meu ser...
Conquistarei meus sonhos...
Darei meus passos...
Sem perder meu rumo e espaço...

Dessa vez, Primeiro Eu...
Depois, Eu de novo...
Assim poderei me entender...
Para então aceitar os outros...

Em minha liberdade e alma de aprendiz...
Sem condições para me perder...
De cabeça levantada e mente repleta...
Aprenderei a vencer com meu próprio ser.

(Extinção - P.M)

Diante da incapacidade moral...
Os pilares de sustentação já não aguentam...
Nessa marcha utópica pela evolução...
Demasiadamente enche-se a maré de extinção sedenta...

Na recusa de nossas vidas...
Monitorada pela premonição ofuscada...
Eis a realidade em trapos...
Diante da certeza em forma de nada...

à beira de um colapso nervoso...
Perante uma cova luzente...
Observa-se, inócuo, o diagnóstico crú da humanidade...
Refletindo a desgraça de forma aparente...

A respiração da serpente encontra-se ofegante...
Seus olhos observam o carácter inconstante...
Mas não se engane, não há tempo para recuar...
Iscas seremos diante do espasmo ocular...

A tentativa ja se faz inútel...
A mentalidade se rompeu do coração...
E a rotina já nao faz parte do instinto...
Perante essa estrada sem chão...

Nesse teorema a realidade não precisa de provas...
Estas estão regidas pela obra do prefácio incoerente...
E a inércia ja montou a estória...
Diante do naufrágio regente...

A importância de um valor...
Não esta no valor em sí...
E sim no motivo da beleza...
Que devemos descobrir...

Mas não há tempo para consolação...
Liberdade só faz sentido com respeito e introspecção...
Seja dono de suas ações...
E pense na densidade de suas decisões.

(Silêncio - P.M)


O silêncio não aprendeu a ter vontade
Chegou ao mundo, tímido e paciente
E pôs-se a caminhar, lentamente
De passagem...

Veio calado e quieto ficou
Permanecendo inerte, sem figurar
No segredo da interpretação se exilou
Mesmo que por vezes, em agonia, esperar

Não quis ser, nem teve querer
Conformou-se em matura solidão
No entanto, foi no sentido do seu tempo...
Paz e provação.

Observou todos a falarem...
Enquanto o mundo gritava
E diante dos barulhos infindáveis...
Apenas sonhava

Sonhava com o dia
em que tudo pararia...
Sem vestígio de som
E todos chegariam, em silêncio,
À mesma conclusão!

(Deus - P.M)

DEUS é o tudo
e o nada
o meio para o fim
o fim dos meios

o universo dos fatos
o relógio das horas
o amor pela fonte
da esperança sincera

a fé das montanhas
a força leal
o remédio da vida
espantando o mal

as cores do som
o brotar dos sentidos
o passar por tudo
sem perder o juízo

a graça do ser
grandiosidade e poder
a verdade perfeita
do sonho que existe

sabedoria dos mares
paixão pelo puro
a emoção e a beleza
em viver mais seguro

o abrigo da alma
a benção em essência
o horizonte da calma
sem perder paciência

a chave sagrada
o sentimento da paz
a visão mais presente
nos fazendo capaz

a porta única
respirar mais profundo
nascimento e velhice
remédio do mundo

tolerância e fé
silêncio e presença
os quatro elementos
do sexto sentido

luz e libertação
crescimento e piedade
sentimento e transformação
rumo à liberdade .

(Tentação - P.M)


O tempo parou
Minha cabeça a mil
Sei o caminho
Mas ele sumiu

Queria voar
Tomar mescalito
Conversar com um sábio
Sair do finito

Parar de pensar
Esquecer o dever
Enterrar o motivo
Viver para crer

Mudar de cidade
Me esconder em um pasto
Escolher a rotina
Viajar mundo vasto

Acabar e não recomeçar
Sumir em passagem
Me esconder em uma árvore
Me tornar paisagem

Quero ser oco
Não sentir por saber
Me tornar puro instinto
Viver por viver

Sumir na estrada
Procurar o nada
E achar o amor,
Dentro de mim

Fazer ritual
Ser aprendiz
Cultivar o mentor
Pra me dizer o que diz

Beijar meu avô
Viajar para longe
Sumir em presença
Me tornar viva ausência.

(Caminho da Memória - P.M)


Quem depressa se foi...
Sabe bem o motivo...
Por bem se foi...
Sem deixar nenhum ruído...

A memória me aquece...
Ou esfria bem depressa...
Depende do motivo da prece...
E do amor por quem se espera.

(Vontade Pura - P.M)


Quero prosear com um mendigo
Passar a noite sem caretas
Ouvir a importância de um dom
No mundo das incertezas
Viver sem pretensão...
Entender as linhas tortas
Descobrir o sim e o não
Assim como quem não se importa...
Compreender por trás da visão...
Praticar todos os atos
Expandir os sentidos
Com o infinito em abstrato
Ser mais meu do que sou...
Manter me livre no agora,
Calmo como uma árvore
Sem pressa de viver.

(Aurora Particular - P.M)


Respiro aurora particular
Movimento, fluxo, expansão
Vejo os semblantes do espaço a nadar
Nos campos de brilho da escuridão

O infinito e o nada
Me parecem uma só coisa
Enquanto um é arte do além
O outro é completude sem fim
(Trecho sem porém)

Sutilmente, navega o azul
Desde o início
Até o princípio do fim
Refletindo arrepio vasto e duvidoso
Em eterno espelho afeiçoado por preces

Lapidando meu olhar
Nado em sentimento
Eu, universo a propagar
Do céu ao mar...
Nesse momento.

(Necessária Confusão - P.M)


Sou confuso, disso sei, sem confusão...
Mas sou calmo, peneirando minha razão
Minha confusão é meu refúgio
Pois jamais haverá caminho único.

Sem confusão, estaria perdido em ilusão
Com ela, aprendo a ler meu ser
Nada é simples a quem tem gosto
Disso sei sem me reter.

(Antídoto Parado - P.M)


Ainda como antídoto em branco...
Me pego diante do papel parado...
Sinto vazio franco...
Em compromisso angustiado...

A essência que transborda...
Em meu sossego afogado...
Na paixão se acomoda
Como horas findas do passado...

Da morte em seu laço...
Nasce o prefácio dos passos...
Criado pelo filme da vida...
Mostrando, o todo, em pedaços...

É o caminho que acabou...
E por ser, único, em partida...
Lembrança sem fim, virou...
Por ter amado, sem medo, a vida!

(Plenitude Noturna - P.M)


Quero sentido de Paz
Meu contato direto
Princípio do todo
Nesse meio sem fim

Sinto mais à noite
Quando tudo parece se recolher
Então me aproximo do eu
E a vida banha meu ser

Às vezes me sinto triste
E nem sei se assim poderia chamar
Talvez seja apenas melancolia
De alma pronta pairando no ar

Adoro essa completude
De dupla compaixão
Hora me encantando em virtude
Hora rasgando o coração.

(Poesia Fácil - P.M)


Tempo frio, chuva...
Quero enxugar a alma...
Dormir pela tarde...
Esperar meus passos cinzas...
Refugiar-me sem alarde...

Hoje sou poesia sem pensar...
O dia está fácil...
As horas estão no ar...
A indiferença me atrai.

(Tudo ou Nada - P.M)

Desta vez...
Já nao quero ser o tudo...
Prefiro ser o nada...
No equilíbrio de um pedaço de papel
E na simplicidade de algumas palavras.

(Dark Psychedelic - P.M)

De corpo e alma pelo desconhecido...
Faremos da nossa percepção, liberdade...
Livres seremos nesse labirinto perdido...
Nos criando fortes diante de poder e verdade...

Uma locomotiva de sentimentos...
Em detalhes se tornam perfeição...
Nesse transe de eternos momentos...
Seremos envoltos por atitude e reação...

Caos magnético do ser...
Diante de egos controlados...
Eis nossa música nos acordando...
Para o infinito entre o certo e o errado...

Sublime se torna a sensação...
De quem controla o próprio ser...
Buscando diante da imensidão
A pura aparência do viver.

(Vaidade Inversa - P.M)


Espero as cinzas chegarem...
Subestimarem minha emoção...
Romperem minha alma...
Nesse passo a passo em tentação...

Olho vivo, estou perdido...
Alma presa, coração partido...
Falta me o sentido em pedaços...
E a gota de esperança morta...

Vou dar lugar ao impossível...
Esperar encher minha loucura...
Arrancar o intestino...
Em estúpida vaidade crua...

E cade a saída, meu ponto de eficácia...
Como mudar o momento...
Se as horas na passam...
E a ânsia, a ansía me desafia...
Assim como pedra...
Em sua plenitude fria.


(Inspirado no grande Augusto dos Anjos)

(Tempo ou Trapaça - P.M)


Meu tempo parece ser este...
Mas será que aqui estou?
Nesse embaraço inquieto...
Mal me adapto ao meu protesto...

Vivo mas me tenho ausente...
Em conflito com o presente regente...
Emaranhado torna-se o agora que procuro...
Sem chance de identificar tal ficção...

Física? Matemática? ou idade?
Com que realmente se parece a realidade?
Em avolumado dilema universal...
Me espanto confinado
a um único tema dimensional...

Nessa ronda de regressos e idas...
Me desafia todo ponto de partida...
Mesmo que recolhido em minha humilde percepção...
Duvido por demais de toda forma de ilusão...

A fantasia é como luz sem brilho...
Assim como condicional ótica...
Restando apenas faz de conta...
Em nula aparência de supostas horas prontas...

O tempo é uma metáfora...
No qual muitos se agarram sem graça...
Em tática pouco elaborada...
Observo ofensiva e entediante trapaça...

Não quero essa pobre percepção...
Quero vestigío de sinceridade...
Realidade em equação...
Constante em perdida verdade...

Fórmula que nao seja agora...
O diferencial da razão...
Algo que satisfaça...
Minha confusa atualidade!

(Verdade Última - P.M)


Poucas vezes a crua verdade poderei aceitar...
Pois esta só será completa quando tudo acabar...
Não haverá mais porém, nem supérfluas moralidades...
Apenas o resumo de pó, lembrança e saudade...

Assim, perante promessas de certeza...
Prefiro continuar na busca por minha própria natureza...
Pois a boa formação de um homem...
Não se faz em acreditar cegamente em algo...
E sim no respeitar das diferentes crenças que nos cercam...

Na acreditar da realidade por puro oportunismo...
Não se atravessa a fronteira do incoerente...
Pois sem percorrer o caminho da dúvida...
O motivo da busca jamais se tornará presente...

Enxergando o estar de fora pra dentro...
Encontra-se única resposta à esclarecer:
Na luta por um objetivo...
Eterniza-se apenas o karma na trilha do viver...

Mas que seja cada um no seu sentido...
Sem das preferências esquecer...
E lembrando sempre que em seres de eterna vontade...
Resta apenas vestígio de vocação perante sublime prazer...

Livre de minhas impossibilidades e cultivando minhas sentenças...
Serei o meu raio de existência distante de vazia aparência...
Sempre com cautela, viajando em minha estrada pendente...
Percorrendo minha conduta, longe de má fé, porém um tanto inocente...

Passo a passo, levantarei minha própria certeza...
Quanto à minha fé, agradeço por ser fruto de grandeza...
Pois durável se fará a presença...
Diante das fases que darão sentido à permanência...

Permanência de ser, ver, viver, aprender...
No compasso da compreensão, olhando pra frente ou não...
Sempre na correnteza da vida, tentando entender
O que se faz aqui, tentando entender.

(Realidade Pura - P.M)


Diante da realidade exausta...
A certeza se faz distante...
Mas devemos buscar a beleza...
De tudo o que nos leva adiante...

Preservemos os sentidos da pureza...
Essa que nos traz liberdade...
Criando própria fortaleza...
E nos protegendo em tranquilidade...

Que a caminhada traga frutos...
Bons e ruins...
Mas que os bons virem sementes...
E o maus nos fortaleçam a mente...

Pois nada é simples como a natureza...
Dessa simplicidade que emana tamanha grandiosidade...
Por ser complexo de forma natural...
Tornando o impossível bastante banal...

Que o sentimento preencha o corpo...
A alma se alimente do todo...
Nos fazendo mais vivos...
Do que a vida possa parecer...

Pois nessa pouca verdade...
Muito há para descobrir...
Para que na hora da viagem...
O aprendizado possa sorrir.

(Todos 1 - P.M)


Vejo vidas...
Semelhantes...
Opostas...
Gloriosas e errantes...
Muitas estórias...
Livres
Trágicas
Únicas e vividas...
Nesse mundo houve agora...
Haverá ontem...
Nunca e amanhã...
Sempre vinculados...
Valores, existências entre si dependentes...
Pontos de vista por demais inacabados...
Mas hoje, ontem e sempre...
Somos todos um...
Formando unidade e corrente...
Cada qual com seu objetivo...
à caminho da fronteira...
Pois nesse alfabeto da existência...
Como quebra cabeça da arte perfeita...
As realidades são vastas...
A influência é maior do que captamos...
A resistência em se submeter, inútel...
E o controle só no final, herdamos...
Já distantes de superficialidade...
Aprenderemos sobre nossas idas e vindas...
E cultivaremos a eternidade...
Somente no final...
Na hora da sagrada partida.

(Oculto - P.M)


Medo?
De que?
Da forma?
Do poder?
Aquilo que se oculta?
Talvez sejamos isso...
Forma única...
Unidade pura...
Não aqui e agora...
Mas a vantagem não está no agora...
E sim na hora em que o agora for embora...
Entender o desconhecido...
Seria fazer parte do temido...
Sejamos fortes...
Nada há para temer...
Este jogo de ilusão...
Só nos faz ter medo de crescer...
Ao invés, deveríamos voar...
Buscar, buscar...
O lado oposto da verdade única...
A certeza da mera aparência que engana...
A realidade subjetiva...
O sentimento crú que nos inflama.

(Elementos Do Destino - P.M)


Observo o vento nas árvores...
A água afoga meus sentidos...
Tenho fogo ardendo em intuição...
E sinto a terra orientando meu chão...

O fogo queima meu lodo...
A água apaga meu fogo...
A terra dá suporte para a ideologia...
Ideologia de vida que passa como o tempo...

Retido em antítese da existência, sobrevivo...
No labirinto da ausência me encaixo...
Me acho sumindo em destino...
Sem perder me no deserto de oceanos vastos...

Nas badaladas do tato da vida...
Espero com as estrelas...
Nas esferas de idas e vindas...
Desse meu céu de corredeiras.

(O Grito - P.M)


Outro dia voei alto...
Me admirei com o infinito...
Retomei minhas forças...
Com a liberdade de um grito...
Gritei sozinho com o mundo...
Envolvi montanhas em um segundo...
Superei minhas tristezas...
Parei de me preocupar...
E criando a minha fortaleza...
Superei o mal estar...
Dentro de mim mal permaneci...
Sem medo de não entender...
Como o poder do grito...
Vitalidade veio me trazer...
Então gritei mais alto...
Quantas vezes pude aguentar...
E em um único sentido...
A natureza do grito veio a ecoar...
Sussurando em meu ouvido...
Um segredo a me contar:
"Toda paixão por um hábito nos faz crescer e acreditar...
Que devemos permanecer na luta e a realidade encarar...
Afim de que toda força de vontade um novo grito venha a se tornar"

(Falsidade - P.M)


O pior da falsidade...
É tentar descobrir...
Qual lado seguir...
E mesmo sabendo...
Não ter pra onde ir.

(Natureza - P.M)


Natureza que me envolve
Me alivia e me sustenta
Diante de toda a realidade
Ela é a unica que se aparenta

Dádiva de Deus
Pureza do destino
Tudo se torna perfeito
Vindo do suplício divino

Em beleza que liberta os sentidos
Sempre nos fazendo mais vivos
Do que a vida possa parecer

Nos mostrando que a pureza
Só se pode enxergar na natureza
Na certeza de que perfeição existe
Diante de dúvidas imprevisíveis

Mas não se pode vivenciar
Se nao for com a alma em sentimento
Pois beleza neste vínculo
Só com o ser em pleno momento

(Arbítrio - P.M)


O universo conspira à nosso favor
Seja seu melhor amigo
Proteja-se de si próprio
Tenha em mente sua força
E a sua parte concreta de influência
Até onde seu pensamento pode se tornar realidade?
Pergunte-se isso...
Observe ao redor da lógica
Sinta a resposta da naturalidade.
Seu indivíduo enxergará...
Grandiosa verdade...
A forma possível
No segredo da sua vontade,
Fazendo com que sua metade
Busque outra metade escondida
Criando a correnteza de sua vida.
Tenha otimismo na eternidade.
Cria de seu prazeroso instinto.
Faça de sua ânsia sua lança.
à caça de pausa, esperança e mobilidade
Seja sua própria criação,
A sua inteira metade.

(Sistema - P.M)


Salve se quem nao sabe nadar...
A correnteza é apressada...
E não sabe esperar...
Mantenha seu modo arisco de ser...
Não tema seu íntimo...
Ou sua natureza se perderá de você...
Mantenha-se forte...
Prepare-se para o pior...
Pois nesse sistema...
As peças chaves não tem dó...
Não reclame...
Levante -se e encare...
Pois na correnteza...
Não se encontra outra saída...
A não ser um modo crú...
De se encarar a vida...
Seja forte e nao esmoreça...
E não deixe te levar a correnteza...
Salve se quem não sabe nadar...
Pois a viajem é longa...
E não há ninguém pra ajudar...
Esteja bem, junte as peças...
Pois já não existe tempo sem pressa...
Sua missão você tem que cumprir...
Nunca abaixe a cabeça...
E você vai conseguir !

(Teoria Do Caos Perfeito - P.M)


A teoria do caos é uma perfeita ordem...
Uma única atitude acarreta em uma só consequência...
Tudo está conectado em uma matemática natural...
Livre-se do lixo interior...
Filtre seus pensamentos...
E sagrado se tornará o todo exterior...
Em um só momento...
Momento único em que sempre terá algo acontecendo...
Pois não existe momento comum...
Tudo depende da ótica do discernimento...
Viva os detalhes de um segundo...
Com a grandiosidade da vida...
Conecte-se com o coletivo universal...
Tudo o que nos rodeia...
E nós rodeamos...
É uma verdade natural...
Somos parte do ciclo em um único sentido...
Estamos dentro da realidade...
Como se fosse em um livro...
Perceba a não necessidade de explicação...
Não perca tempo pensando que o tempo é em vão...
Pois o aqui e o agora ocorrem em completa comunhão...
Faça sua consciência encarar sua importância...
Pois cada detalhe nesse mundo...
É de extrema relevância.

(Seja Seu em Verdade e Presença - P.M)


Essa verdade que se oculta...
Me consome e me desfaz...
A falsa justiça me insulta...
Pois não se deve agir...
Se nao for com a profundidade de um ser capaz...
Liberdade só tem sentido...
Se for com respeito e instrospecção...
O limite se faz preciso...
Se a certeza é em não...
Busque, crie, presencie a realização...
Afinal nada se pode sem humilde pretensão...
Acalme-se, acredite e evite indefinição...
Busque a intuição...
Ela nos faz enxergar com a luz do coração...
Nao se isente...
Submeta-se...
Faça sua escolha consciente...
Livre-se de preocupação...
Ela nos faz pensar em vão...
Quando o que precisamos realmente...
É da simples observação.

(Abro Me em Vida - P.M)


Abro-me em vida...
Perante a existência...
Busco meus limites...
Sem perder a resistência...
Nesse mar de vai e vem...
Devo sempre me arriscar...
Buscando beleza e bem estar.
Vivendo em sintonia com meu ser...
Terei eterna vontade a superar...
Do acerto farei minha melodia...
Sem jamais medo de errar...
Pois se tal vier a acontecer...
Será sem lamentar, sem lamentar...
Pois o erro agora, no futuro nos faz entender...
Que lavando a alma na frequência de incertezas...
O caminho jamais perderá o sentido do prazer...
Pois a perfeição se faz tardia...
Somente pra quem não enxerga o balanço dos dias.