domingo, outubro 11, 2009

(Certeza - P.M)


Digo que caminhei entre mundos
Cavei abrigos, lancei me em espaços
E olhando agora vejo
Que mal sei sobre os passos

Sementes brotaram em silêncio
Reações aprenderam com a vontade
Mas nos sentidos do espírito
Com nada me pareceu a liberdade

Ponteiros bateram
Sentimentos voaram
E o tempo nem perto
De presentes decifrados

Nem a imaginação inundada
Dentro de minha clareza
Me soou semelhante
às as obras da natureza.

sábado, outubro 10, 2009

(Motivos Perdidos - P.M)


Calem-se as bocas
Olhares pesados
Pois o que resta é tristeza
Mentalidades e pecados

Pretensões sem equilíbrio
Crua humanidade
E a introspecção sumindo
Num mar de vaidades

Vestígio de tudo
Num pouco de nada
Egos perdidos
Almas armadas

Condutas marcadas
Poderes covardes
E o céu lastimando
Tristes verdades

Em impulsos desleais
Solidariedade traída
Guerras, miséria, fome
Paz corrompida

Mas as condutas do bem
Ressuscitam a beleza
Fazendo da compaixão
Forma única de riqueza.

quarta-feira, outubro 07, 2009

(Tolices - PM)


Nem sempre estou certo
Do que tenho sido
Mas preservo aspectos
Hora vitais, hora distorcidos
INUTILIDADE

Não sou vítima de significados
Meu mais digno compreender
Se revela em pequenos pecados
Em possibilidades omissas
Na ausência de inocentes verdades
DESAPEGO

Já não me surpreendo
Com tolas vontades
Os fatos só me parecem válidos
Quando livres de qualquer necessidade
PREVISIBILIDADE

E a certeza viciosa
Me parece insegurança
Afogando a diversificação
De mentes que vivem da diferença
REVOLTA

Só a confusão me parece autêntica
Na liberdade do que não se conhece
E os príncipios mais coerentes
Na distância entre realidades e mentes.
ALÍVIO.