domingo, setembro 18, 2011

(Por enquanto - P.M)


Por enquanto deixo a permanência assim ficar
sem uma visão definida de toda a confusão
levo o ser enquanto vasto a encontrar
mesmo que por vezes perdido
a alma em doses de emoção
pois é simples assim se levar
cheio de sonhos e partidas
de passagem nas estradas
e curvas inventadas nesta vida
pois as asas são mais livres
na recém descoberta do querer
quando se sabe inteiramente
que só se pode entender
amanhecendo todo dia,
para tudo o que há de ser.
Pois além do que se é,
o que de verdade conta,
é tão somente o que se ama...

(Na estrada do momento - P.M)


Carrego sentimentos na estrada do momento,
mas meu pensar não sabe ficar onde está
talvez se o distante fosse perto
teria a alma plenitude ao ficar
nesta ausência da presença,
colecionando rastros que não me pertencem
diante dos segundos em partida
e das formas infindáveis do ambiente
acordado sou um caminhante da vida
andarilho em direção à verdade
navegante de estações transcendentes
um sonâmbulo perante a eternidade.