sexta-feira, maio 04, 2012

(Sombras do coração - P.M)


Onde quer que eu vá
não me contenta
o papel passado

meu fim é um ser
sem encontro nem partido
e que cansa os estados

às vezes estou distante
e isto me faz sonhar
que estou acordado

às vezes estou próximo
e isto me faz notar...
o quanto estou distante

e se de despedidas distraídas
nascem novidades resolvidas
sigo esta vida bem assim
na renovação de um mesmo fim

pois as palavras do mundo
brotam por onde vou
e quando nem imagino
encontro a resposta
como quem nada perguntou

e se torna simples notar
que o sentido é muito mais
do que o propriamente dito.

Esquecer é a única dor
de quem não procura abrigo.