enigma, e nem porque o criou, se é que assim o fez.
Afinal os pensamentos são sempre pertences de quem
os pensou, versão de quem os traçou nestes
corpos em embriaguez. E raramente momentos
distintos se abraçam tão perfeitamente que o agora se
torna unicamente claro, como frutos da mesma
criação e partida, almas conjuntas em um mesmo rio,
nesta mesma vida. Mas as vezes tudo
flui em um só sentido, numa só corrente, e
quando isso ocorre os pensamentos ficam assim,
dormentes, conciliando mistérios solitários,
aproximando o enigma da gente, como formas de
sentimentos involuntários, trazendo nossa realidade,
juntas, a este momento presente.