domingo, agosto 03, 2008

(Morte - P.M)


A morte segue os passos da vida
Nasce de sonhos e pesadelos
Enfrenta instantes de partida
Com o futuro do tempo inteiro

É triste mas têm suas preces
Revelando pactos sem medo
É luz de túnel que floresce
Nas cores de fim do enredo

Brota na quimera da alma
Em seu jardim de emoção
Fonte de essência da paz
É certeza em mar de grãos

É o desejo que se rompe
Pela atração do vasto
O astral envolvido
Pelo elemento mágico

O vai e vêm da separação
Em momento que parou
A certeza de eterna paixão
No retrato que ficou

Brilho do olhar que partiu
Sumindo por entre os mundos
Os sentidos que navegam
No fluir por sobre tudo

Profecia do ser
Pelo encontro com o limite
É o mudar de esfera
Em um segundo que persiste

O espírito que passou
No suspiro que liberta
A palma da mão que ensina
Sobre a pura descoberta

O mais livre dos arbítrios
Sem falsa esperança no vagar
O reinício da lembrança
Que nos fará admirar.