Escritas, estados de espírito, letras, ideologias, pensamentos, filosofias, poesias, sonhos, consequências mortais e imortais.
sexta-feira, outubro 29, 2010
(Axial - P.M)
Estas versões exageradas
De reações em causas perdidas
Tentam enterrar a esperança
E converter a solidariedade
Em um jogo de nulas investidas
Diante de passagens errantes
A consciência enganada sufocou
Enquanto intenções foram partidas
Em um novo jogo que se inventou
As metas tiveram efeito contrário
Nos hábitos atrasados da indignidade
Enquanto corações foram trocados
Por fantasmas presos em vagas qualidades
Fazendo da virtude um sacrífício
Habitada por egos sem solução
Diante de condutas abandonadas
Que acreditaram que suas farsas
Algum dia os levaria a perfeição
Mas o destino os esqueceu
Presos no apego pela vaidade
Enquanto a liberdade será mantida
No livre arbítrio da verdade.
quarta-feira, outubro 27, 2010
segunda-feira, outubro 25, 2010
(Da Naturalidade - P.M)
É engraçado como a naturalidade nunca segue os passos da necessidade. Ambas estão sempre a percorrerem caminhos distintos. A naturalidade não chega quando se deseja algo de forma intensa. Só surge na distância dos motivos, na amnésia do ser, na ausência da presença. É como se a alma descobrisse que desaparecer é sempre uma boa maneira de renascer para o nada. A naturalidade fica sempre a esperar o segundo em que de tudo esqueceremos e completaremos o ser com um estado único, sereno. Lado a lado com a eternidade. Sem necessidade de gestos, motivos ou palavras. Somente o olhar esquecido na paisagem em sentidos de alvorada. A naturalidade se revela bem perto da essência. No nascimento de ser mais o muito do que não se é. Pois se somos uma metade que é vida, também somos outra que nada é. Ainda.
É melhor demonstrar com naturalidade um defeito que talvez seja insignificante; / se o esconderes, parecerá maior.
-- Marcial
quinta-feira, outubro 21, 2010
Caminhos - P.M)
Se eu conseguisse abraçar
A alma afastada
Sem ao menos me perder
Seria tudo bem mais fácil
Fechei os olhos
E cai no vácuo
Lado a lado com os sentidos
Se pudesse inventar
Uma lucidez desfocada
Teria uma melhor reação
Na condição dos fatos...
Mas já não quero entender
Só preciso me encontrar
Na constância do infinito.
quarta-feira, outubro 20, 2010
(Carta para um tempo distante - P.M)
Este coração mutante
Se desgastou até a ultima condição
E na correnteza atrasada
Revelou as horas cansadas
Na inconstância da duração
Mentes inconsequentes
Anestesiaram a memória
Esquecendo de prezervar o vínculo
Com o antigo valor da história
A presença desvinculada
Distanciou as almas mais velhas
Injetando no sintoma das falhas
A verdade enganada deste tempo
Os olhos sempre abertos
Esqueceram das lágrimas
Induzindo motivos incertos
Na contradição dos pensamentos
A observação sempre notada
Criou o berço da inconstância
Despindo os velhos sentimentos
No orgulho da relevância
A atuação exagerada
Consumiu os raros momentos
Enquanto as estrelas observaram
Destinos criados por tormentos
E a eternidade se calou
Diante das atitudes
Enquanto a verdade inventada
Esqueceu de guarnecer o nada
No espelho das virtudes.
obs: (I am inside of the context... Always!!!)
quarta-feira, outubro 13, 2010
(O Salvador - P.M)
Teu atavismo é atômico.
E cega, na sombra criada
Toda concepção inconsciente.
A epistasia dos teus fenômenos,
Renasce de linhas sonhadas
O limite já não lhe pertence.
**Atavismo - Reaparecimento de um caráter em um organismo, na forma típica de um ancestral remoto, e que não está presente em ascendentes mais recentes.
**Epistasia - Forma de interação entre dois ou mais genes não alelos através do qual um gene pode mascarar o efeito do outro.
(Kátharsis - P.M)
Posso beber do seu veneno
Cortar as línguas afiadas
Me acomodar entre seus ossos
Cuspir fogo como uma serpente mascarada
Os pulsos se cortaram por uma causa falida
Lapidei suas grades no concreto das horas
O fardo reagiu no impulso atravessado
Na catálise maquiada das justificativas
Disfarcei a alma
Em um conceito impensado
Entre o alvo, a seta,
E um vago desperdício...
Troquei os planos
Por uma teia inconsciente
Entre o raso, a meta,
E um pesado precipício...
Injeção de ânimo é o seu álibi
Mas sua intenção ultrapassada
Fez a sua mutação cansada
E a sua alma um subproduto do enredo
Desfocada se fez a essência da razão
Escondendo as farpas da contradição,
No caos da amnésia premeditada
E na antiga novidade dos segredos
A reação se acomodou pelos cantos
A sombra percorreu as suas veias
A ambição lhe apresentará os prejuízos...
Tua intenção é um contágio
Má formação da origem
Denunciada pela falta de concepção
Dos seus brinquedos de suicídio.
**Kátharsis - Catarse em grego : Efeito de purificação produzido sobre os espectadores por uma representação dramática, em especial de uma tragédia clássica.
Escrito após assistir Zeitgeist pela 3 vez.
Cortar as línguas afiadas
Me acomodar entre seus ossos
Cuspir fogo como uma serpente mascarada
Os pulsos se cortaram por uma causa falida
Lapidei suas grades no concreto das horas
O fardo reagiu no impulso atravessado
Na catálise maquiada das justificativas
Disfarcei a alma
Em um conceito impensado
Entre o alvo, a seta,
E um vago desperdício...
Troquei os planos
Por uma teia inconsciente
Entre o raso, a meta,
E um pesado precipício...
Injeção de ânimo é o seu álibi
Mas sua intenção ultrapassada
Fez a sua mutação cansada
E a sua alma um subproduto do enredo
Desfocada se fez a essência da razão
Escondendo as farpas da contradição,
No caos da amnésia premeditada
E na antiga novidade dos segredos
A reação se acomodou pelos cantos
A sombra percorreu as suas veias
A ambição lhe apresentará os prejuízos...
Tua intenção é um contágio
Má formação da origem
Denunciada pela falta de concepção
Dos seus brinquedos de suicídio.
**Kátharsis - Catarse em grego : Efeito de purificação produzido sobre os espectadores por uma representação dramática, em especial de uma tragédia clássica.
Escrito após assistir Zeitgeist pela 3 vez.
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