sexta-feira, março 04, 2011

(Atuante Contradição - P.M)


E pela noite o céu acordou
uma cratera de brilhantes
atravessando a atmosfera
com pontos tonificantes...

As estrelas sussurravam
para os semblantes do mundo,
universos de segredos...
entre pensamentos vastos
e corações metódicos,
que nada escutavam, surdos...

Palavras saíam por todos os lados
entre bocas, casos e dados
distraindo os sentidos vibrantes
e a canção dissonante,
dos que nao se viam observados...

Sinais receitavam vidas...
galáxias brilhavam como vagalumes
prescrevendo órbitas entretidas
em meio a satélites atrasados
que vagavam nos rastros da escuridão...

E frente a toda confusão,
o tempo passou sem revelar
as vertentes da emoção,
entre neutros brinquedos de estar...

Que se aconselhavam sem notar
o tempo como  ilusão de ótica
a percorrer atalhos de azar e sorte,
perante a eternidade...
e a contradição de velhas almas
que seguiam com medo da morte.

Um comentário:

Ju Fuzetto disse...

A ilusão caótica das palavras. Possuem o brilho impetuoso das estrelas e se acabam no infinito das promessas.

bjo Pedro