domingo, setembro 18, 2011

(Por enquanto - P.M)


Por enquanto deixo a permanência assim ficar
sem uma visão definida de toda a confusão
levo o ser enquanto vasto a encontrar
mesmo que por vezes perdido
a alma em doses de emoção
pois é simples assim se levar
cheio de sonhos e partidas
de passagem nas estradas
e curvas inventadas nesta vida
pois as asas são mais livres
na recém descoberta do querer
quando se sabe inteiramente
que só se pode entender
amanhecendo todo dia,
para tudo o que há de ser.
Pois além do que se é,
o que de verdade conta,
é tão somente o que se ama...

Um comentário:

flaviopettinichiarte disse...

muito bom , como sempre. a escolha da palavra certeira que procura ,no alvo do poema, a derradeira delicadeza do seu significado perene, com alguns sentidos que já nascem sem respostas e que no espanto da pergunta ainda sonham!