O sono chega e me leva assim,
neste par de asas agora partidas...
apresentando a liberdade em mim
ao todo paralelo sonho da vida
Por certo sinto em meu reflexo
a paisagem deste ser desconexo
e mesmo com a alma imatura
resta a lembrança clara deste gesto
de mundo espiritual na noite escura
E sem saber se aqui jamais estive
ou se de algum jeito ainda estou,
acordo a procurar por mim, livre
e só me resta a metade que ficou.
Escritas, estados de espírito, letras, ideologias, pensamentos, filosofias, poesias, sonhos, consequências mortais e imortais.
quinta-feira, maio 31, 2012
terça-feira, maio 15, 2012
sexta-feira, maio 11, 2012
(Psicologia parcial deste tempo - P.M)
Feições congeladas guiam-se fiéis
ao néctar estragado da sobrevivência
mergulhando em lama a consciência,
da perspectiva fria dos espelhos...
A uniformização é a última penumbra
enganando a corrida de mil tumbas
dos que se perdem perante a morte,
transformando em ciência a cegueira
na batalha desta passagem derradeira
iludida pelas variações da sorte...
Nada ficará além de tragos
sob o manto da matéria mergulhados
até que a vaidade surpreenda...
a miséria de almas empobrecidas
novamente sem a profundidade, traídas
pelos desejos inócuos desta existência.
Inspirado em Augusto dos Anjos
Ouvindo http://www.youtube.com/watch?v=essPUOnV6Dg
ao néctar estragado da sobrevivência
mergulhando em lama a consciência,
da perspectiva fria dos espelhos...
A uniformização é a última penumbra
enganando a corrida de mil tumbas
dos que se perdem perante a morte,
transformando em ciência a cegueira
na batalha desta passagem derradeira
iludida pelas variações da sorte...
Nada ficará além de tragos
sob o manto da matéria mergulhados
até que a vaidade surpreenda...
a miséria de almas empobrecidas
novamente sem a profundidade, traídas
pelos desejos inócuos desta existência.
Inspirado em Augusto dos Anjos
Ouvindo http://www.youtube.com/watch?v=essPUOnV6Dg
quinta-feira, maio 10, 2012
(Disfarce a dois - P.M)
Eu vou te esquecer sem querer
só pra te ver confundir
a minha inocência ensaiada
depois vou quebrar a cara
como quem não tem nada
vou sussurrar este poema
no sossego do seu ouvido
pra perder a hora marcada
e desvendar um bom abrigo
vou lembrar do meu passado
só pra te ver naquele estado
e depois vou morrer de remorso
vou fazer promessas de futuro
sussurrar segredos no escuro
só pra arriscar o que é nosso
te farei chorar
só pra saber que a amo
depois vou pegar suas lágrimas
e fazer de fonte
pra emoção deste engano
então deixa o silêncio dizer
pois o perdão é mais bonito
quando não sabemos o porquê
e se forem palavras de ilusão
eu as digo com o coração,
e com a arma nas mãos…
me entrego à você.
sexta-feira, maio 04, 2012
(Sombras do coração - P.M)
Onde quer que eu vá
não me contenta
o papel passado
meu fim é um ser
sem encontro nem partido
e que cansa os estados
às vezes estou distante
e isto me faz sonhar
que estou acordado
às vezes estou próximo
e isto me faz notar...
o quanto estou distante
e se de despedidas distraídas
nascem novidades resolvidas
sigo esta vida bem assim
na renovação de um mesmo fim
pois as palavras do mundo
brotam por onde vou
e quando nem imagino
encontro a resposta
como quem nada perguntou
e se torna simples notar
que o sentido é muito mais
do que o propriamente dito.
Esquecer é a única dor
de quem não procura abrigo.
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