Escritas, estados de espírito, letras, ideologias, pensamentos, filosofias, poesias, sonhos, consequências mortais e imortais.
terça-feira, agosto 17, 2010
quinta-feira, julho 01, 2010
(Apelo - P.M)

Minha naturalidade
Se perdeu em algum lugar
Tão perto do ser
Que me cegou as sombras.
Agora estou perdido
Na procura do que não é...
Enquanto guardo na essência
Os desencontros em mim.
Sem reflexos, sem não e nem sim.
Não mais busco compreender
Os sentidos em minha natureza
Agora vivo da verdade
De tudo o que se enxerga...
Sem saber.
terça-feira, junho 22, 2010
(Cacos da Ilusão - P.M)

Com os anos aprendemos...
Que não são as horas que passam
Somos nós que passamos,
No intervalo de silêncios curtos
O que ficam são molduras
Nas possibilidades dormentes
O gato descansando devagar,
A alma a rescitar o inconsciente
As folhas de caderno rabiscadas
Diante de tantas outras vazias,
Todas as formas sonhadas
Nas faces ocultas da simetria.
As conversas sem pretenção,
Em laços de amizade presente
Quando se aprende com a emoção
A verdade suficiente.
Os retratos amarelados
Na contradição de paredes frias,
Diante de estados que nascem
Entre a coincidência e a antinomia.
Ficam as almas em essência
Banhadas na brisa da madrugada,
Acordando o ser em reticências
Para um leve sopro de palavras.
(Ocos Propósitos - P.M)

A essência atropelada
Pelo cotidiano de aço,
A tudo assassina a todo instante...
No disfarces condicionados
Por cada nulo semblante.
Sem impessoalidade e
(Escrava Intenção)
De porra nenhuma interessa
O ego
Se desta forma só se pode viver
Com a opção venenosa
De ideais em promoção.
Quando a ambição das escolhas
Não vale para a vida
O que salva é viver
De tudo o que não se pode querer.
A liberdade é maior por si só,
Sem qualquer razão definida.
Para existir. Para coexistir.
Pois as razões não são verdadeiras
Se não nos acordarem,
Para a pura realidade
De corpos em decomposição...
Entre a inocência e a intenção,
Existe uma linha tênue
Um princípio vago
Um esquecimento presente
Que há de nos salvar
De alguns de nossa própria gente.
*** Feito com o intuito de participar do projeto palavra porrada.
*** http://palavraporrada.blogspot.com/
(Poesia Partida - P.M)
Hoje a fonte de alma secou.
Faltando me com a inspiração,
No fôlego da vida.
A poesia me deixou
Sem o mar em mim...
Nem sinal, nem saída.
E nem fim.
Faltando me com a inspiração,
No fôlego da vida.
A poesia me deixou
Sem o mar em mim...
Nem sinal, nem saída.
E nem fim.
quarta-feira, junho 09, 2010
(Essência em Ecos - P.M)

Pauso as horas em mim. Iludo os sentidos em tréguas internas. Sinto
o rasante de formas a regerem o alfabeto de imaginações presentes.
Guardo vôos para o que há de vir pela primeira vez. Silêncio através
de agudos poentes. Sentidos nascentes a pousarem em cantos de alma coração.
Enxergo minha calma como um rio de esperança a desaguar no esconderijo da paz.
Me liberto em cada naturalidade inventada, em cada gesto entretido perante
infinitos convertidos. Minha essência ecoa em brincadeiras de liberdade,
recolhendo-se na lembrança de sonhos naturais, em paisagens de quadros antigos
e paixões eternas. Hoje sou tempestade de chuvas finas. Sem ego, sem cortes nem sina. Abrigo-me no espaço de versos úmidos. Em presenças marcantes de almas distantes a reinventarem o nome das coisas. Me pego a admirar estas linhas
em branco a irradiarem a aquarela maior desta vida. A vida enquanto passagem. Enquanto paisagem. Enquanto cor, fascínio e poesia. E em cada rastro deixado por marés improvisadas, em cada margem que nesta existência se revela, a visão do horizonte expande a onipresença do meu barco a vela.
Ele nunca acreditou muito no tempo...
Mas o tempo sempre revelou grandes surpresas em seu acreditar.
sexta-feira, junho 04, 2010
(Internidade Eterna - P.M)

Esta alma que me acorda em devaneios
Me abrigando na distração entre mundos
É a mesma que sonha segredos
Na "internidade" de mistérios profundos
E em cada sonho que tenho
Jamais descubro se foi espelho de alma,
Ou se foi confusão dos sentidos
Seja como for, o que me resta sempre
É a inocência provada entre risos
E a espera a viver de esperanças
Diante da eternidade e seus motivos.
sexta-feira, maio 28, 2010
(Dignidade Intrínseca - P.M)

Algumas coisas nesta vida
Há de serem observadas:
O sinal de uma contrapartida
Uma presença distante
A razão mais verdadeira
Sem a fraca consciência errante
Dignifique a sua fração dos outros
Se perca da necessidade desnessária
Dos motivos mal qualificados
Pela puta rotina diária
Acorde...
No sonho que te aguarda
Na imaginação que te ensina
Na possível perfeição
Longe de qualquer triste sina
Observe ao redor, longe do que se vê
Dilua o que te fazem entender
Entenda por si mesmo.
Pois os sentidos que te engrandecem
São os mesmos que escrevem o livro
Da alma.
terça-feira, maio 25, 2010
(Me dê as suas mãos, dizia ela - P.M)

Me dê as suas mãos, dizia ela
Me empreste as suas asas
Te levarei rumo ao desconhecido
A passear onde as cores são maiores
Do que os sentidos
Me permita tocar suas notas
Deixe me difundir sua alma,
Te apresentar a vontade das vontades
No reflexo da mais pura pretensão
Vou ensinar sua liberdade, dizia
A perfeição de bocas mudas...
Levarei sua ilusão a se perder
Na sensação do que não muda
Seus olhos fechavam, e ela suspirava
Como o canto de penas brancas
A contornarem o vento, devagar
Na calma da esperança dispersa
Vou te ensinar verdades sinceras
Sentimentos de um novo tempo
Detalhes a brincarem de esferas
No fascínio do envolvimento...
Te encontrarei na renuncia das ausências.
A cortina de sua visão se abriu...
Na plenitude do que não foi prometido
Em promessa do que não foi definido
Nas puras fontes da saudade...
Nos traços marcados de suas palmas
E ela se foi, como se nunca tivesse estado.
domingo, maio 23, 2010
(Eternidade de segundos - P.M)

Como poderia eu não duvidar
Das incógnitas desta vida,
Já que vivo entre instantes
A brincar de formas sonhadas
Em dias de constelação vivida
Em cada coincidência do além
Com estes planos inominados
Troco condutas e essências
Por infinitos improvisados
No envolvimento das sombras
Com as eras partidas,
Me perco em universos...
Em cada alma perdida
Nos rastros da imensidão
Na simples voz do segredo,
Releio estrelas a sussurrarem
Ecos, teorias e enredos...
Caído entre esferas
E espelhos deste mundo,
Traço reflexos inteiros...
Na eternidade de um segundo.
sábado, maio 15, 2010
(Alfabetos Inominados - P.M)

Jamais busquei entender as dimensões
Nem se pudesse, o faria
O que me impressiona são os sonhos,
Esferas de nuances imotivadas
Vestígios de outros dias.
Entre paredes úmidas
Evaporo com as sombras
Consentindo com a vasão,
Em cantos improvisados
Tateio almas
Reflito entre atos
Decorando mistérios,
E alfabetos inominados...
Meço planos,
Me perco em distâncias,
Perante horas aconselhadas.
Abraçando enredos de tudo
Em completas visões do nada.
quinta-feira, maio 13, 2010
(Mistérios Íntimos - P.M)
quarta-feira, maio 12, 2010
(Alma Sanguínea - P.M)

Se eu pudesse descrever
A alma sanguínea
No corpo de minha corrente
Provavelmente,
Teria trocado a vida pela morte
Muito antes de nascer.
Não acho que a morte seja algo ruim, e nesta vida, somente a sinceridade da emoção, que é uma das poucas coisas que vem da alma, me parece coexistir com outros planos (morte) de maneira plena. Assim sendo, a unica forma inteira de encarar os sentimentos diante da emoção que nos causa alguns aspectos terrenos, seria atravessar a vida e ir de encontro com a sinceridade maior.
Nascimento nestes anos é fase, o resto, é o que não se tem. Eternidade perdida. Ausencia sentida pra quem sabe que em algum lugar, existe uma metade do eu superior a nos esperar. Bem além dos corações banalizados desta fase. Nesta vida ainda nos faltam peças para o contato pleno com o todo. O que temos são asas a se desenvolverem para um futuro mais pleno, e algumas vontades corrompidas pelos karmas terrenos. E diante disso, nesta existência, não posso acreditar em conformidade inteira que não ande lado a lado com a mentira. Sonhos cortados pela meio termo desta vida. O universo esta em nós, mas nós não estamos inteiramente no universo, ainda.
segunda-feira, maio 10, 2010
(De quem serão estes passos? - P.M)

De quem serão estes passos?
Traduzindo meus atos
No rascunho de revelações
Que mal me cabem nas mãos
Sem perceber os sentidos
Da razão e suas verdades
Vejo anestesia do cotidiano
Em vestígios de brevidade
De todas as pretensões,
A que melhor encanta é a do nada
Nascendo de sombras vazias
Em sistema de liberdade parada
Decifro reticências, completo paciências
Alugando conselhos de causas esquecidas
Diluindo cores, idolatrando palavras
Diante da superstição das horas
E belezas desta vida.
Redijo contradições
Acobertando saídas
(Diante de toda direção consumida)
Transformo asas, seres, detalhes
Em paradoxos da simplicidade...
Retribuindo universos de emoção
Feito mortal diante da eternidade.
quinta-feira, maio 06, 2010
(Os seus beijos são cometas - P.M)

Os seus beijos são cometas,
Rasgando sonhos vazios
Diluindo horas mal planejadas
Em doses de cotidianos tardios
Quem sabe assim eu decore,
Os disfarces em meus egoísmos
Trocando segredos repetidos
Por paixões mais sinceras
Talvez eu entenda,
Sem razões ou partidas
Seus abraços inteiros
Desmascarando os atos
E a intenção desta vida
Viveria até sem promessas
Sem prazos, signos ou trincheiras
Me perderia em seus laços
Coexistindo em novas maneiras.
quarta-feira, maio 05, 2010
(Ligeira vida reflete - P.M)

Ligeira vida reflete
Como alma a escorrer
Imagem sonhada em vales
De calma ilusão a convencer
Mal se cria em motivos
Simbolos raros e definição,
Sendo ausente, é sentido
De sombra, distância e vazão.
Em dormência, me acolhe
No encontro do esquecimento
Com a lembrança que renasce
Do vazio e eternos momentos.
segunda-feira, maio 03, 2010
(Para o quadro - P.M)

A impessoalidade guarnece
Em cantos esparsos
Esta vida com toques
De almas sem tatos
Em sentidos de paz,
No interior de olhos calados
Transita-se no feliz aconchego
Da melancolia e seus quadros
Nos detalhes que nascem
De objetos e seus fundos
Como a mais bela harmonia
Dos movimentos estáticos
Repousando suspiros
Nos abrigos do que não se deseja
Em lugares banhados
Por fantasmas em suas naturezas.
sábado, maio 01, 2010
(Nos sonhos existem coincidências - P.M)

Nos sonhos existem coincidências
Que mal pressinto na palma das mãos
Percorrendo os atos de dias virados
Nas faces sombrias de toda ilusão...
Retido nas asas do segredo,
Viro vestígio de partida e realidade
Seguindo presença de vago enredo
Feito um intruso na razão da eternidade...
Na mortalidade da lembrança, esqueço
Da pessoalidade acordada em estados
Presumindo sentidos que não mais cicatrizam
A mentalidade das dimensões e seus dados.
Como podemos lembrar de algo que somos obrigados a esquecer?
quarta-feira, abril 28, 2010
(Não busque em verdades - P.M)

Não busque em verdades tudo o que se perdeu no teu ego
Nem deixe a ausência brincar de sentido com suas vontades
Acredite no encontro sincero do ser a margem de tudo o que se é
Sem envolver-se por demais nas correntezas carentes desta vida.
Assim irá de encontro com os aspectos livres de suas escolhas
Nas possibilidades de tudo o que existe até sem razão notada
A te envolverem como luzes vibrantes de intuições pacíficas
Nos caminhos traduzidos em todo significado de liberdade calada.
Colha da existência somente os olhares sinceros de sua alma
Sem esquecer a ti mesmo nas causas dos prazeres deste plano
Pois a vida não precisa de significados para abraçar-te
Basta que o além dos sentimentos nao se distancie destes anos.
(Pedro Melo - 28-04-2010)
sábado, abril 24, 2010
(Já não me limitam as dúvidas - P.M)

Já não me limitam as dúvidas
Nem me possuem as evidências,
Pois a razão não mais causa fascínio
Nos sentidos ocultos desta existência.
Nem o tudo, ou mesmo o nada
Abrigam o segredo da vida
Apenas a imaginação semeada
Em cada liberdade mantida...
E se os sonhos nos levam
Aonde nascem as verdades,
Nas escolhas do agora, ecoam...
Caminhos eternos de brevidade.
terça-feira, abril 20, 2010
(Corações Amordaçados - P.M)

Se o riso forçado, fosse motivo de alegria
Qual imagem a sua mais forte cólera veria?
Simulando posturas no esconder dos estados
Reagindo feito aço, no acolher de um só lado
Do que são feitos estes desesperados
Que não se rendem ao que sentem,
Serão almas do medo?
Reféns de ilusão aparente?
Seres da mais bruta atuação,
São fantasmas destes planos
A persuadirem a verdade sagrada
Nas feições de seus enganos...
Pesados, jamais crescem do que são
Ao separarem a essência do fardo:
Mas se está a respirar e não te rendes
Não é vivo, não é morto e nem contradição
És espirito sem resposta, coração amordaçado.
ALTER-BIOGRAFIA X AUTO-EGO (Felipe Rey)
Sou
Seco
Pró-seco arredio
Rascante
Rachante vadio
Sou quente/frio
De vez em quando
Quando em quanto
Solto risadas
Gargalhadas no cio
Também derramo
Um ramo
De lágrimas por dentro
Contudo não me dou de graça
A qualquer
Contentamento.
segunda-feira, abril 19, 2010
(Queria que o relógio dos anos - P.M)

Queria que o relógio dos anos
Renunciasse das horas
Entretendo os segundos
Nos gestos de um vôo lento.
Abraçando os passáros
Nas asas do destino,
Em constelações de planos
No infinito dos sentimentos...
Desenhando na eternidade
Os olhos desta vida
Em motivo a despertar
A mais presente das partidas
Regendo na liberdade
Assim como a um irmão
Elementos de um só anseio
Na verdade desta ilusão.
sexta-feira, abril 16, 2010
(Inconformidades - P.M)

As inconformidades são como uma intervenção cósmica da realidade. Alimentando-se dos reconhecimentos anônimos, de oscilantes desejos encarnados nas condições frias da verdade. Acordam ilusões, vozes vazias, análises de tudo o que não acontece por não existir em si mesmo. É a aparência do que se enxerga quando se está retido em avalanches de matérias que desafiam os planos mudos. É contradição que desagua em necessidades desnecessárias, vínculos subjugados por prisões passivas, ideais vagos em audácias impossíveis. Confidências inconfessas nas faces do segredo. São palavras perdidas em todas as formas de não se retratar a vida. A razão admitida em reflexos de visões perdidas. Uma fonte carente de novidades sinceras, são como fogo que se acende em dias de chuva e velas. Improvisos constantes que desafiam os minutos das horas. As inconformidades são o elo perdido de semblantes ocultos a delirarem nos jardins da consciência pesada. É unidade desafiada por todas as moléculas dançantes nos terrenos da dúvida. Linha imaginária em descobertas sem relento de paz, sentenças tênues de ciências brancas, fórmulas rasas em trilhas de analogias vagas. Asas inertes pelo alvo egoísta deste momento único. Notas que não podem ser tocadas por mãos calejadas de inocência. Alfabetos que regem o espírito calado. Razão tímida na eternidade parada em gavetas do além.
quarta-feira, abril 14, 2010
(Portos do meu peito - P.M)

Em minhas cinzas virtudes,
Onde mal consigo enxergar
Tudo é chuva de pensamentos
Destas nuvens a improvisar.
Em segundos de essência,
Confundindo o pouco que resta
Vou brincando de transparência
Como alma perdida entre frestas.
Pois jamais poderia, eu propor...
Nos campos abertos da existência
Assumir gesto, mesmo que firme
Em traço ausente de qualquer dor.
Pois nem a mais livre felicidade,
Ou a mais alegre das liberdades,
Poderiam entreter meu coração
Nas obras partidas de meus feitos.
Somente a tristeza amiga,
Ancorada em emoção
Desafoga o sentimentos parados
Nos portos do meu peito.
(Dedicada a letra da música Há Tempos do mestre Renato Russo que diz:
"Tua tristeza é tão exata, e hoje em dia é tão bonito, já estamos acostumados, a não termos mais nem isso")
sexta-feira, abril 09, 2010
(Em dias de noite - P.M)

Em dias de noite, abrigam-se flores
Destas que não se podem colher,
Mas se tens imperfeições, não fujas, fica...
Plante estrelas nos jardins do alvorecer.
Não fique mudo perante o coração.
Mergulhe nos raios regidos d´alma...
Alimentando a si próprio em essência,
Nas sementes pacíficas da calma.
Brinda as constelações do ser
Sem ilusões de sentimentos
Nas intenções emotivas...
Da solidariedade de cada momento.
Voe nos casulos da existência,
Nas coincidências de outros planos
Sem apagar-se em consciência
Nos fantasmas destes anos.
Regue teus universos, além
Nas profundezas espirituais...
Esqueça as razões perdidas,
Na passagem desta vida:
Cria-te nas horas da eternidade.
Na liberdade das asas,
Nos sentidos de teus sonhos...
Nos mistérios escondidos
Em presenças doutros mundos.
sábado, abril 03, 2010
(Regência de um sono profundo - P.M)

Que instante é este que me acomete
Coisa viva sem qualquer definição,
Será segundo eternizado, em partida
Na liberdade de toda a emoção?
Que estado será este, livre e tão só
Me encontrando ao me perder
Na ausência que guarnece,
Cifras nos sussurros dos anjos...
Qual fração da eternidade será esta?
Que nos resgata de todas as carências
Das porções do universo aparente
E nos faz sentir coisa única por inteira?
Qual o nome deste delírio?
Que emudece tudo o que faz sentido
Para nos acordar na transformação...
Da regência de um sono profundo.
(Dedicado ao centenário de Chico Xavier)
Cifras: Combinação secreta de algarismos ou letras,
para abrir uma fechadura, segredo.
(Entre o Tédio e a Triste Sina - P.M)

Entre o tédio e a triste sina,
Criam-se pensamentos ao luar
Bem na fronteira do que fascina,
Com o reflexo do que não quer calar.
Nem mesmo a hora, ou os minutos,
Sabem bem o porque desta existência;
Então se transitas entre vagos mundos:
Nao desepera-te; Tenha paciência!
Doa as palmas aos anjos do alvorecer,
E em teus enredos, jamais esqueças
Não lute contra o que há de ser...
Ama-te os confins da existência.
sexta-feira, abril 02, 2010
(Meu Universo a vagar - P.M)

Hoje meu universo foi caminhar
Livre de provas ou vontades
Somente fonte do que é,
Sem impossíveis saudades.
Não digo além das formas.
Essas que são obras do ser.
Mesmo que confusas ou calmas,
Em pensamentos a entreter.
Foi sim persuadir a existência
Sobrevivendo em vestígios,
Ausente de ausências,
Ou inocência de martírios.
Foi reger obras naturais,
Trilhar sentimentos ou vazios
Sem mesmo contradição,
Ou espíritos em destinos.
Ancorar nas águas do céu.
Sem estados ou missões.
Apenas reagindo a instintos,
Pacífico de quaisquer razões.
Foi ser realidade de luas.
Infinitos em liberdade.
Existir a sí mesmo.
Sem qualquer finalidade.
quinta-feira, abril 01, 2010
(Sem mesmo entender - P.M)

Sem mesmo entender
O quanto me resume
Infinito este que me têm,
Traço exílio de autorias.
Sem ao menos violar
Os abrigos do meu ser
Sigo sem mesmo entender,
Os caminhos do além.
Sem ao menos me iludir
Com figurados elogios,
Não mais enterro liberdades
Nas asas do meu peito.
Assim como mortal andarilho
Em ensaios da perfeição
Não mais almejo atos vazios
Na pessoalidade da razão.
quarta-feira, março 31, 2010
(Assim como sombras perdidas - P.M)

Assim como sombras perdidas
Vagando sozinhas na escuridão.
Segue ausente, em partida
Maneira penosa de minha emoção.
Refém de vagos desejos,
Consumindo me em metades
É toda a ausência sentida
Carente de fé, paz ou idade.
Mas em triste motivo, que molda
Meu pequeno universo
Me ilumina a regência assumida
Dentro do peito,
Destes pequenos versos.
terça-feira, março 30, 2010
(Nem o céu ou mesmo o mar - P.M)

Nem o céu ou mesmo o mar
Podem iludir esta tristeza.
Pois ela me têm só de olhar
Cousa qualquer na natureza.
Hoje me surpreende, nada ser.
Visto a liberdade das ausências.
Pairo convicto, longe, enfim
Dos motivos tolos da aparência.
Tudo o que é, não mais se torna.
Nem a felicidade, medida ou fim.
Somente me acomoda agora
Tudo o que não restou de mim.
segunda-feira, março 29, 2010
(Esboço - P.M)

Escorre lágrima de alma
Abrigando todo o silêncio agudo.
Doa-me um pouco desta calma
Mesmo que em estado profundo.
Brinda os meus gestos secos
Banhando me assim em vazão.
Mesmo que de mortais restos
Das vidas que não me terão.
Pois nem o tudo ou o nada
Coisa alguma justifica.
Apenas a ausência amada.
Somente a memória que fica.
domingo, março 28, 2010
(Inócuas Garantias - P.M)

Eles querem divulgar
Todo o cansaço do ser
Transformando esquinas fartas
Em proposta tangível
Para o vazio que resta.
Nem a melancolia
Nem as correntes
São escolhas sensatas
Numa era como esta.
Nem a conquista barata
Se faz de boa proporção
Para a medida desfocada
Da realidade sem princípios.
Para os espiões do cotidiano,
De nada vale o bem.
De nada vale o bom.
Crescem do medo qualificado
Alimentando a corrente previsível
Do caos manipulado
Garantido em contramão.
quinta-feira, março 04, 2010
(Regência - P.M)

Grandiosa por ser o que é
Segue, simples, a obra da vida
Mas sem ser causa ou novidade
Ilusão ou contrapartida.
Vivo, na simples presença colhida,
É tudo aquilo que existe.
Por nao ter consciência ou saída.
Presença feliz ou triste.
É a nascente de um despertar
Sem a lembrança de um motivo.
Delírio mais raro a conjugar
Inexistente razão de sentidos.
Assim como as nuvens do céu.
Refletidas em todo esquecimento
É a realidade desaparecida
Na presença deste momento.
segunda-feira, março 01, 2010
(Imprecisão - P.M)
(De Tudo o que Possa Ser - P.M)

De todas as formas
Guarde as do coração
De todas as forças
As que criam raízes
Dos destinos desse mundo
Os mais passíveis de pureza
De todas as lembranças
As que nascem da beleza
Dos significados
Os que vem da simplicidade
Das poucas certezas
As que não fazem a alma pequena
De todos os caminhos
Os mais verdadeiros
Dos pequenos passos
Aqueles que nos fazem inteiros
De toda pretensão
Aquelas que vem dos sonhos
De tanta emoção
Aquelas que os criam
De toda a realidades
As que nascem da alma
De toda a sabedoria
As advindas do silêncio
De toda pessoalidade
As oriundas da solidariedade
De toda a vida
O que nos faz mais vivos
Do que a vida possa parecer.
sábado, janeiro 30, 2010
(Cortinas - P.M)

Consumidas por poeira e ouro
Perambulam estatuas perdidas
Causas de verdades ocultas
Motivos de teorias falidas
Na inocência nada se vê
Liberdades compradas,
Egos de fogo, cortinas pesadas
Semblantes vazios do amanhecer
Na dormencia do dia
Nas esquinas de papel
Intimidam-se as preces
Nos impactos do silêncio
Nas trevas da fuga
O sistema esquece.
quarta-feira, dezembro 02, 2009
(Quereres - P.M)

Me perco ao saber
Que sou feito de passos
Entretido nos laços
Da grande vida que me cega
Me acho em contornos
Viajo em vestígios
E de encontro me vejo
Obra atrasada de delírios
Passeando em quereres
Alimentando os seres
Que buscam a ilusão perfeita
Consumindo motivos
Queimando domínios
Dos vícios que não me contentam.
sexta-feira, novembro 20, 2009
(Viver - P.M)

Será que viver é...
Acordar em sonhos
Alimentar-se de desejos
Regar jardins inacabados
Recordar-se do passado
Esquecer-se do que não veio
Sobreviver de simples passos
Libertar-se de falsos anseios
Procurar-se em madrugadas
Despedir-se todas as horas
Encontrar-se no agora
Levar-se nas asas do destino
Sentir mais saudade do que glória
Vivenciar aspectos infinitos
Acostumar-se com a gravidade
Renascer todos os dias
Resumir-se em todos os minutos
Acreditar no impossível
Compreender sem maiores sentidos
Libertar-se em pequenos segundos?
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