segunda-feira, agosto 03, 2009

(Contradição - P.M)

Essa contradição de vida
Oportuna e tão nociva
Alimentando-se de mim
Digerindo tudo que não sou
Em abrigos escancarados

Doando-se em inconstância
De tão amarga sutileza
Rompendo os laços do querer
Suprimindo essência dos passos

Nasce de impulsivo fundamento
De imperfeições anunciadas
Sendo o xadrez de sentimentos
Nos caminhos de liberdade parada

Sobrevindo de selvagem confusão
Nas diversas faces do desejo
Dominante e tão banal
Em blindados olhares do que não vejo

Transitando nas ocas entranhas
Da realidade mal motivada
Nos sentidos viciosos
Da perfeição que não me foi dada.

quarta-feira, julho 29, 2009

(Passagem - P.M)


Coração nos olhos
Ideologia volátil
Sensação em punhos
Realidade ao avesso

Mundo rodando
Antídoto parado
Cabeça aberta
Teoria aparente

Contrapartida real
Morte vivida
Cactos do tempo
Sincero esquecimento

Sentimento tátil
Bela imperfeição
Valor e oposição
Palavras distintas

Pincel e molduras
Conclusão dormente
Passos de aço
Trilhas e compassos

Pensamentos irmãos
Realidade perdida
Lembranças, vontades
Mentiras e verdades

Intensidade e caos
Vestígios e correntes
Liberdade de fogo
Nunca pra sempre...

Sou o que sou.

terça-feira, julho 28, 2009

(Inocente Nitidez - P.M)


É essa atmosfera das vontades
Conturbada e tão em paz
Que vai regando os mistérios
De jardins ausentes que hão de chegar

No vai e vem repentino das asas
Em ritmo tão certo e pesado
Nasce sentido insatisfeito
E tão verdadeiro por não o ser

Sincera me parece a imperfeição
Compondo o que não se pode mudar
Embriagando formas em fuga
De ocos semblantes soltos no ar

Viajantes de causas irreveladas
Seguem almas de apegos solitários
Livres como marés de águas rasas
Duvidosas como estradas sem curvas

Em tempestades de trilhas inacabadas
Vagam escolhas de vidas transitórias
E os motivos vem surgindo do nada
Sem vestígio de razão, nitidez ou glória.

quarta-feira, julho 22, 2009

"A IMAGINAÇÃO É O PENSAMENTO DA ALMA"

sexta-feira, julho 17, 2009

SIMPLICIDADE É A CHAVE DO SEGREDO!

quarta-feira, julho 15, 2009

(Motivos Vivos - P.M)


Nas trilhas do tempo
Brilham verdades mais sinceras
Semeando horas vividas
Nesse vai e vem das esferas

Como poeira de vastos vestígios
Vou nascendo de raros segundos
Horas sendo quieto por ser
Em outras gritando mudo

Nos horizontes da liberdade
Guio sentidos dispersos
Sou navegante do destino
Afogado em eternidade

Os sentimentos são paisagens
Onde me perco para ver
Impossíveis realidades
Distantes formas de poder

É melhor escolher trilhas
Quando o vento sopra a direção
Pois os rios vivem das nascentes
Criando oceanos de previsão.

E na imensidão do infinito
A perfeição é livro aberto
Já o arbítrio, instrumento
De motivos mais despertos.

terça-feira, julho 07, 2009

(Ser Não Sendo - P.M)


Não me encaixo em bem ou mal
N"ego" e pedaços
Busco a trilha do eu
Mas jamais em meus passos

Inteiramente, almejo não ser:
(Dúvida repleta de fases)
(Quebra cabeça ou peça)

Minha simples liberdade
Só é completa
Quando cheia de nada!

sexta-feira, julho 03, 2009

(Proporção - P.M)


Entre raros propósitos
Escolho os do peito
Das repetidas horas
Sobrevivo das eternas

Dos sentimentos
Quero os que respiram
Das sensações
As afogadas por vida

Das palavras
Crio as não ditas
Das provas
Creio nas omissivas

Perdido em infinito insatisfeito
Mal enxergo o que os olhos decifram
Sou visão nos asilos da distância
Ímpeto acuado entre pontos

Ausente em sombra de amplidão
O além me parece um céu de vida
E os passos, desterro do coração
Verdades que mal me são ditas.

quarta-feira, junho 24, 2009

(Contato Pleno - P.M)


Nossa existência está diretamente vinculada ao tempo que nos resta neste mundo, e este, por sua vez, com a naturalidade dos aspectos que condicionam este plano. A vida que aqui levamos será a administradora de um caminho mais ou menos "desperto" para com aquilo que a existência nos propõe e remete. Estamos em um plano que nos permite fazer escolhas, e estas servirão como provas mais ou menos harmônicas para o que nos é reservado no agora (passado, presente e futuro). Por isso, as vezes é importante desligarmos um pouco a mente da superficialidade mundana que nos distrai e afasta da existência como um elemento por si só. Ao nos conectarmos melhor com a essência do todo, afim de elucidarmos o processo pelo qual estamos passando, iremos melhor descobrir e conhecer sobre o karma reservado a cada um, neste mundo. Em contato íntimo com a perfeição universal, os fatos e os atos cotidianos virão a ser mais centrados, profundos e interligados com motivos maiores, criando assim uma união de intimidade com a realidade e assim deixaremos de ser aspectos desvinculados do universo que nos cerca. Este mundo é uma pequena parte de uma infinidade de planos interligados, quer acreditemos ou não. Esta infinidade, do qual também fazemos parte, é uma enorme célula que age naturalmente como um simples organismo puro, não possuindo propósitos independentes, haja visto que tudo se integra em uma verdade única, a Vida! Claro que muitas coisas não somos capazes de compreender, mas ao buscarmos o que somos de maneira transparente e vinculada, aprenderemos, através da naturalidade, em como lidar com a alma da existência. E isso nos proporcionará equilíbrio fundamental para nos tornarmos bem vinculados com o que somos em essência. Dessa maneira, não abriremos espaço para aspectos que nos influenciam a sermos desconectados e perdidos, distantes de um motivo maior. Portanto, é necessário atingirmos um vínculo pacífico que será como uma pintura de nossos objetivos e verdades diante desse organismo que nos proporciona a existência. Assim, através da transparência de todas as realidades juntas, possibilitaremos uma maior interação ligada com mais sinceridade ao karma desse plano, ecoando no universo de forma pacífica e naturalmente boa. E isto será de volta emanado para nós.

(Desperto em Sonhos - P.M)


Sou uma criatura
Levada pelos quatro ventos
Guiado em maré de brisas e tempestades
Nesse abismo entre visão e sentimentos

Mortal reflexo do meu ver
Procurando contraste de viva alma
Me oriento em portos distantes
Devorando livre arbítrios
E falsa calma

No pensamento da alma...
Imaginação
No esclarecimento dos sonhos...
Trilhas, fé e mais sonhos

Em turbulência de essência
Sigo navegando em outro mar
Por hora admirando montanhas
Por vezes, em vales a naufragar

De pé, perdido em gravidade
Vejo, nulo, correr o tempo
E dormindo em senso de realidade
Busco sentidos de planos
Na ilusão de pensamentos

Hoje acordei assustado
Tive receio de não reconhecer
O abrigo que tenho em ser
Dispersando o meu lado frio

E cá estou a ferver
Na faísca do que me restou
Diante da nitidez do coração
Em instante que causa arrepio.

segunda-feira, junho 15, 2009

(Sopro do Destino - P.M)


Vejo sonhos em cultivo
No passado de um sentido
No presente de um futuro
Espero que nao sonhos perdidos
Na rara infância deste mundo
(((Mudo)))

Biblioteca das horas
Devolva alguns minutos
Nas lembranças de um motivo
Na introspecção de um segundo

E leve me onde não estou
Longe da consciência adormecida
No pouco da clareza que restou
Nesse incerto relevo de almas vivas

Fazendo a observação do coração
Mais aparente nessa hora
De conflito do duvidoso delírio
Com as verdadeiras cores da aurora

E deixe que as asas entendam
Que o céu pode cegar
Quando o que existe é a busca aparente
De quem não se acostuma com o infinito

E que as dúvidas aprendam a voar
Na realidade dos meros vestígios
De quem anseia pelo destino
Que só vem quando há de brotar.

terça-feira, junho 02, 2009

(Projeção - Artigo)


O universo é uma projeção!
Posted by: Sigma 21 on: 23 23UTC Janeiro 23UTC 2009
In: Conspirações História Misterios Notícias
Comment!
A interpretação do mundo através da física quântica tem dado lugar a teorias que colocam em dúvida verdades aparentemente evidentes. No entanto, é possível que nenhuma hipótese anterior seja tão perturbadora como a que será publicada na próxima edição da revista Newscientist .
Conforme explicou Craig Hogan, um físico do Fermilab (E.U.A), é possível que a experiência que temos do mundo não seja mais que uma projeção holográfica de processos físicos que estão ocorrendo em algum lugar no cosmos.Esta é a conclusão a que chegou após interpretar uma série de dados confusos recolhidos pelo detector de ondas gravitacionais GEO600.
Este dispositivo, que não foi capaz de captar nenhuma destas ondas nos sete anos em funcionamento, teria pego um sinal que provêm do limite fundamental do espaço-tempo. Lá, o tecido de que é feito o universo deixaria de agir como o continuo que descreveu Albert Einstein, para dissolver-se em uma estrutura granulada de um modo semelhante ao das fotografias, quando são dissolvidas em pixels, aumentando o seu tamanho.
Se esta descoberta for confirmada, o fracasso da GEO600 na sua busca de ondas gravitacionais se tornaria uma das mais importantes descobertas da física em muito tempo. Por mais inverossímil que possa parecer a teoria do holograma tinha sido levantada antes e tem uma forte base teórica. Já em 1990, um físico, Gerard Hooft, prêmio Nobel de Física, considerou a hipótese possível.Por enquanto, porém, os cientistas não sabem qual é o tipo de consequências que poderiam resultar de viver em um gigantesco holograma.
*3 estrofe ser oco em espaço cheio de vazio.

sábado, maio 30, 2009

(Ato Puro - P.M)


Em estado amplo
Longe de farsas detalhistas
Uma vida espera a conexão
Nos olhos de uma noite cristalina
Alma mental, Intelecto Universal

0 - Mentalidade de quem vê
1 - Coração de quem sente
0 - Observação supérflua
1 - Limitação onipresente

Apreensão sensorial
Vínculo regente
Corpos Astrais
Espíritos e nascentes

Ar, TERRA, fogo e água
Sensibilidade orgânica
Universo elementar
Sentidos e experiências
Matemática variável
3,1416 (...) ecoando no espaço (...)
Sentidos a transbordar
Razão e incoerência lado a lado

Intuição em expansão
Dedução ou indução ?
Abstração ou concretude ?
Acima a amplitude
Além, o simples estado...

Nuvens de dia
Estrelas da noite

Elucidação ?
Ato Puro.

segunda-feira, maio 25, 2009

(Respostas ou vínculo - P.M)


O universo é enorme...e nós também somos consequência desse todo que nos cerca. Quando não traduzimos os fatos de maneira natural, as probabilidades se tornam infinitas, dando assim espaço ao caos que pode vir a ser a consciência. Na maior parte do tempo, interpretamos os sentidos através de conhecimentos pré moldados, presos a préconceitos moralmente falsos e arbítrios cheios de auto interesse. Ao nos livrarmos dessa consciência entorpecida, aprendemos a filtrar o que vemos e sentimos, assim logo nos vinculamos de maneira saudável com o universo, que está todo o tempo agindo de maneira perfeita e conspirando a nosso favor, mesmo que por vezes possa nos parecer estranhos alguns acontecimentos. Não é dificil perceber a presença de algo muito maior em nossas vidas. É só enxergar além do ego, da rotina e de nós mesmos. Mudar o ângulo de observação é um atributo que podemos aprender, e assim iremos integrar nosso ser com mais vigor ao todo. Diante da nossa perspectiva mental, e logo, curiosa, a consciência mais parece uma ironia do que uma benção (talvez um karma desse plano). Pautada diante da infinidade de aspectos que nos influenciam, a razão, apezar de boa, acaba por nos levar, através do excesso de pensar, a sempre buscar diferentes interpretações disto ou daquilo, o que em algumas ocasiões pode ser um engano ou exagero, haja visto que por mais que pareça nos dar respostas, muitas vezes também nos cega diante do óbvio. A resposta para os caminhos está na nossa frente a todo momento, apenas temos que nos livrar de alguns conceitos que dependendo da ocasião podem ser desnecessários e confundirem tudo. Assim sendo, a consciência algumas vezes pode vir a ser um trabalho dispensável, reduzindo nossa sensibilidade diante dos sinais que estão presentes em nossas vidas a todo momento. Portanto é importante quando pensarmos em algo que não seja efêmero, algo invisível ao nossos olhos e pessoalidade, deixarmos esse pensamento fluir de acordo com o que nos rodeia, assim nos guiando com maior vínculo e fazendo com que o equilíbrio venha como uma consequência da naturalidade. A perfeição só vem com a fé, a fé é fruto do equilíbrio e este depende do bom uso do poder de pensar. Como uma faca de dois gumes, é necessário buscar certas respostas, mas nao deixar que o estado de espírito fique a mercê da consciência. Fazer dela um método de pesquisa, mas não se deixar aprisionar pelos resultados advindos desta. Buscar sempre, mas antes de buscar, simplesmente descobrir com o ser, e com o pertencer.

quinta-feira, maio 14, 2009

(Vestígio Vertical - P.M)


Em vínculo gritante
Presença a esconder
Domínio que liberta
Puras formas de poder

Sentido maior
Constelação perdida
E a alma visualisando
Os olhos da vida

Ilusão verdadeira
Apelo universal
Sol da escuridão
Altruísmo vertical

Sensação e paciência
Expansão dobrada
Corda bamba do equilíbrio
Perspectiva inacabada

Vestígio presente
Brilho noturno que desperta
Futuro e intuição
Em mais reveladora descoberta.

quarta-feira, maio 13, 2009

(Impessoalidade - P.M)


Sem mais, o infinito
Somente pincel e tinta
Filtro da paz
Dom e instinto

Janela aberta
Sentido nas nuvens
E a luz nascendo
Descoberta em virtude

Um sentido mais vivo
Colirio da alma
Brisa do tempo
Simplicidade das horas

Sentimento e harmonia
Tranquilidade devota
Atmosfera mais ampla
Na liberdade do todo

Afinidade da vida
Vínculo e prazer
Imortalidade e união
Na impessoalidade do ser.

terça-feira, janeiro 06, 2009

(Observação - P.M)


No presente momento
Escolho a eternidade
No raio de um pensamento
A duvidosa verdade

Na imaginação nascente
Uma forma mais perfeita
De perder-me na ilusão
Das escolhas feitas

Cada detalhe, um oceano
E a simplicidade de uma gota
Na contradição de mil planos

Um motivo coletivo
Talvez seja a provação
Mas em meu humilde ver
Só enxergo a observação.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

(Em Busca de Nada - P.M)


Nas estreitas veias da realidade
A plenitude é momento de luz
E diante das infinitas condições
A existência é pura simplicidade

Agarrar-se nas raízes
É simples maneira de buscar
Encontrando a si próprio
Submerso em destino a cavalgar

Bem se sabe do eterno
Agindo como senhor do tempo
Fluindo de maneira subliminar
Na proporção dos sentimentos

O impulso é mais frequente
Em aprendizado constante
Deixando o estar acontecer
Sem vínculo por demais relevante

Deixo passar, melhor é viver
A esperança de vida
Não enfraquece em desencontro
Deixe, e nada realmente importa

O caminho será regado
Mesmo que em clareza infundada
Seja certo ou imperfeito
Os olhos nem sempre sabem ver.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

(Daqui Nada se Leva - Que suas escolhas e atitudes o façam digno da bençao de sua existência. P.M


(Corrupcão Desmedida - P.M)

"Seres Humanos são grãos de poeira
suspensos em raios de sol
com o devido brilho do ser
mas existe o lado oposto da moeda
que só pensa em poder"

"não deixemos que seus costumes desmedidos
nos façam virar o túmulo de nossos próprios sentidos"

...egos sem redenção perdidos em desertos de vida...

...certeza da desilusão na verdade escondida...

...caos e contra mão na armação mantida...

...teimosia e nula posição na escolha perdida...

...antídoto desmedido de cura nociva...

...falsa decência na incoerência da dança...

...preguiça que condena na demorada mudança...

...câncer do justo na solidariedade traída...

...o oasis do medo na indiferença instruída...

...corrupção dos sentidos na percepção ofendida...

...o pensamento nulo sem o sentido regente...

...desespero terreno em vagar material...

...o mundo mantido pela fatalidade banal...

"Nós precisamos de Nós
Está em tempo de Mudar"
"Não deixemos uma minoria violar uma corrente que há de formar harmonia"

domingo, setembro 14, 2008

(Sonho na Fronteira - P.M)


Na fronteira do além
O tempo parou
A consciência é sensitiva
E o Amor é fraterno

Perante o túnel das esferas
Os minutos são apenas minutos
Enquanto os passos traçados
Já não são superticiosos

O vínculo é aberto e presente
Os índios da terra querem nos apresentar
Eles sabem que o caminho nunca erra
Sabem que a sentença é pura

As mãos estão estendidas todas juntas
Numa corrente de união
A essência é na crença
E o egoísmo tornou-se comunhão.

As cantigas são sussuradas ao vento
Conversando com a atmosfera nascente
Eles conhecem a fonte da revelação
Mas o motivo não nos pertence

O convite é feito sem medo
Os sentidos falam por si só
Todos os momentos são eternos
E a ilusão é nossa pedra segura

O vasto campo brilha
Clamando pelo encanto
E as trilhas são fáceis
Simples desejos da paixão

Sinto as pessoas que se foram
Tão presentes como nos sonhos
E o ambiente é de reverência
Aos elementos que nos guiam

O horizonte nos observa calmamente
Com o brilho indescritível da previsão
A realidade aqui é universal
Nascendo na alma da perfeição.

quarta-feira, setembro 10, 2008

(Versos - P.M)


Nesse corpo em vão que me acorda
Dorme acesa a feição da beleza
Mas lá no fundo, onde não se acha
Bem no contemplar ausente da graça
Por vezes
Vejo olhar perdido olhando a praça
Noutro momento, achando-se na aurora
Mas não vejo, por hora, o visível
É partindo de mim, o que vem de dentro,
Talvez com o pensar de fora,
Que me nasce agora o inexprimível
Enxergar do sentimento.

segunda-feira, setembro 08, 2008

(Lapso Temporal - P.M)


Vejo detalhes que ficam
Sinto memórias que vão
E o futuro agora
Nessa boba pretensão
Já o passado,
Sempre mais presente
Do que nossa própria previsão
E o tempo não se mede
E o tempo não se mede
Mas os minutos, esses sim
Esses sempre passarão.

domingo, setembro 07, 2008

(Consequências - Mario Freire)


O universo está se expandindo
E o Tempo está diminuindo

Quanto mais perto fica, mais longe ficará depois
Tanto no passado, quanto no futuro

Há tantas situações semelhantes que nós não percebemos
Há tantas chances parecidas que nós podemos conseguir

É assim que nós conseguimos concluir a fase do bem
É assim que inclui os dois lados paralelos

Tudo que a gente faz, nós conseguimos
Somente pensando positivo para conseguir

Tudo que nós fazemos voltará para nós
Tudo que nós tentamos voltará para nós

Seja feita com linhas tortas
Seja feita com linhas retas

Tudo que a gente faz, irá voltar para nós
Tudo que a gente faz, irá refletir sobre nós

Se jogar uma bola para o alto, cairá na sua cabeça
Se queimar uma floresta inteira, irá causar tormentas

É fazendo bem que nós conseguimos tudo
É fazendo certo que nós conseguimos bem e não o mal

E vai ser sempre assim
E sempre será assim

É praticando bem que nós aprendemos a evoluir
É aprendendo certo que nós conseguimos fazer o bem

É essa a lei do universo que inclui os dois lados paralelos
É essa regra que nós devemos usar para fazer o bem

quinta-feira, setembro 04, 2008

(Aprendendo a Voar - Pink Floyd)


À Distância, uma fita preta
Estendida até um ponto sem retorno
Um vôo de fantasia num campo varrido pelo vento
Em pé sozinho e os meus sentidos embaraçados
Uma atração fatal me segurando firme
Como eu posso escapar dessa força irresistível

Não consigo tirar os meus olhos do céu que roda
Com a língua presa e enrolada
Somente um desajustado preso à terra, Eu

Gelo se forma sobre as pontas de minhas asas
Avisos sem cuidado, eu pensei, pensei sobre tudo
Nenhum navegador pra guiar o meu caminho pra casa
Descarregado, vazio e transformado em pedra
Uma alma sobre tensão que está aprendendo a voar
Preso a condições mas determinado a tentar

Não consigo tirar os meus olhos do céu que roda
Com a língua presa e enrolada
Somente um desajustado preso à terra, Eu

Acima do planeta com uma asa e uma prece
A minha auréola desmazelada ,
Uma trilha de vapor no ar vazio
Pelas nuvens eu vejo minha sombra voar
pelo canto do meu olho marejado
Um sonho não ameaçado pela luz da manhã
Poderia levar esta alma através dos céus da noite

Não há sensação para se comparar com isso
Animação suspensa um estado de êxtase

Não consigo tirar minha mente do céu que roda
Com a língua presa e retorcida
Somente um desajustado preso à terra, Eu

domingo, agosto 03, 2008

(Morte - P.M)


A morte segue os passos da vida
Nasce de sonhos e pesadelos
Enfrenta instantes de partida
Com o futuro do tempo inteiro

É triste mas têm suas preces
Revelando pactos sem medo
É luz de túnel que floresce
Nas cores de fim do enredo

Brota na quimera da alma
Em seu jardim de emoção
Fonte de essência da paz
É certeza em mar de grãos

É o desejo que se rompe
Pela atração do vasto
O astral envolvido
Pelo elemento mágico

O vai e vêm da separação
Em momento que parou
A certeza de eterna paixão
No retrato que ficou

Brilho do olhar que partiu
Sumindo por entre os mundos
Os sentidos que navegam
No fluir por sobre tudo

Profecia do ser
Pelo encontro com o limite
É o mudar de esfera
Em um segundo que persiste

O espírito que passou
No suspiro que liberta
A palma da mão que ensina
Sobre a pura descoberta

O mais livre dos arbítrios
Sem falsa esperança no vagar
O reinício da lembrança
Que nos fará admirar.

sábado, julho 26, 2008

(Aspectos Ocultos - P.M)


No limite da supérflua observação
Esse que se molda no vácuo do pensar
O ver por ver se torna humana imperfeição
E não atravessa a fronteira do subliminar

No íntimo da realidade escondida
É simples o observar por um só ângulo
Mas é melhor conhecer os opostos da vida
Do que encarar o surreal brincando

Diante da ótica desfocada do todo
Sobrevive bem quem vê além da alma
Mantendo corrente de sustento forte
Em caminho do livre arbítrio e calma

Os conflitos ocultos da verdade
Em suas batalhas invisíveis
São tidos como meros sentimentos
De egos em inocente neutralidade

Mas a natureza é fruto do equilíbrio
Este que se trava no agir dos meios.
Melhor ter crença no submundo dos sentidos
Do que se achar perdido em devaneio

Perante a infinidade de planos universais
Os cinco sentidos são mera forma de ilusão
Vagando perdidos entre o céu e a terra
No mundo dos poucos elementos da percepção

Como poeira cósmica procurando seu lugar
Distantes de respostas e clareza
O único ambiente provável pro estar
Talvez seja a serenidade da beleza

Mas necessário se faz o cultivar do inconsciente
Afim de acrescentar na linha reta da noção
A possibilidade distante do presente
E a profundidade de nossas almas em conclusão.

quinta-feira, julho 17, 2008

(Foco - P.M)


Mais um foco...
Nova visão...
Cada minuto...
Plena redenção...

O recomeço...
Faz parte do nato...
Transformando o fim...
Em nova etapa dos fatos...
Mas o óbvio...
Nem sempre é simples...
Da mesma forma clara...
Em que a racional existe...

Assim em cada instante...
Que venha o sentido regente...
Apresentar o óbvio...
Longe de pensamentos presentes...

Fazendo o simples...
Parecer mais natural...
E tornando a natureza dos fatos...
Uma única presença real...

Para que assim os meios...
Plantem os sentidos...
Fazendo com que o natural...
Em óbvio se torne fluindo.

segunda-feira, julho 07, 2008

(Teoria e Pecado - P.M)


Sou água e pedra...
Andando lado a lado...
Conflito e atração...
Teoria e pecado...

Tenho sentimentos
Bons e ruins...
Mas prefiro o atalho...
Pelo precioso meio...

Entendo a luz...
Amo a escuridão...
Na primeira, me vejo...
Na segunda, intuição...

Sou pressa e calma...
Sem contradição...
Nem sempre me acho...
Mas busco a precisão...

Sempre tranquilo...
Acostumado ao meu ver...
Sei que diferença e detalhes...
Virão pro meu saber...

Polarizo meus passos...
Em prática sagaz...
Omisso sem ser neutro...
Sou autoria, essência e paz!

sábado, junho 28, 2008

(Solidão - P.M)


Dizem que a solidão
É um mal de momento
Acho um engano sem perdão
De quem não se tem por dentro

Quando estou só
Melhor enxergo o meu ver
Assim como artista
De meu próprio ser

Na busca de fora pra dentro
Procura-se o vínculo
Ao ser de dentro pra fora
É possível achar o princípio

Nos sonhos da moral
Não existem sentimentos
Agora nos do coração
Vive-se a todo momento.

quarta-feira, junho 25, 2008

(Caridade - P.M)


Me detenho à beira do cegueira...
A procura da porta pela vontade...
Vou esculpir minha semente...
Para construir sentido de caridade...

Em meio ao coletivo...
Um suspiro é natureza...
Mas só percebe quem é positivo...
E não vive de própria frieza...

Solidariedade com olhos fechados...
É como acreditar sem coração...
Pois não se pode lutar em teoria...
Esquecendo desejos de compaixão...

Na corrida por mundo melhor...
O agir é necessidade...
Mais do que redigir...
Palavras de maturidade...

O poder portanto é ouro...
Querer mais do que mãos atadas...
E a atitude é tesouro...
De quem faz o bem criar asas.

quinta-feira, junho 19, 2008

(Da Força de Vontade - P.M)


Em encontro marcado com a disciplina...
De modo a se permitir evoluir...
Fecha-se, nato, o indivíduo em sí próprio...
Em pacto vinculante a concluir :

O caminho de metas pré determinadas...
É de tão perfeita natureza...
Que desencadeia suas regras...
Em finalidade e destreza...

A conduta permanente...
Permite à mente e a sua mobilidade,
Clareza de proporção coerente...
E costume em própria utilidade...

No veto ao incerto nocivo...
O necessário torna-se prático...
E o supérfluo ilusivo...
Assunto fútil para o tático...

O ser melhor se consome...
Em auto regulação de vida...
Doando-se em possibilidade e competência...
Sem entreter-se em busca perdida.

sábado, junho 14, 2008

(Ser Oco em Espaço Cheio de Vazio - P.M)


Perante a escada do ser...
Observo o universo a entreter...
Nessa corrida regente...
A eloquência do meu ver...

De tão profundo e inacabado...
Na sobra da alma nua que gela...
Resta me apenas o carnal estado...
Em que me aquece a primavera...

E a imensidão mundana sem direção?
Nesse nosso ver pra todo lado...
Mas sem ângulo, nem compreensão...
Do mais simples existir no vácuo!

Anexos unicamente ao que vemos...
Em bruta desconexão do ser...
Procuramos abrigo terreno...
Perante torta inconstância do saber...

Materialmente acha-se possível ...
A possibilidade do sentido...
Mas penso logo existo?
Ou sinto logo vivo?

Em apurar ambíguo da certeza...
Encontra-se o despertar da mente...
Viva e sem saída...
Grandiosa e incoerente!

No grito da alma por refúgio...
Sente-se a tolice da ilusão...
Clara e ampla, ilustrando o homem...
E calando - o em contradição!

Mas obra ou casualidade...
Pra que dublar a realidade?
Será melhor o fato ou a consequência?
A causa ou a naturalidade?

(Novo Ciclo - P.M)


Meu ciclo se renova...
Agora vivo pra mim e me inspiro...
Serei próprio suporte pra minha força...
E a luta pelo alcance de minha coragem...

Sempre terei o respeito em minha dignidade...
Mas a partir desse momento...
Serei corrida e incansável vontade...
De corpo fechado e de intuição aberta...
Feito trem em constante passagem...

Serei meu campo de batalha pelo bem...
Aprenderei com os erros...
Serei a medida dos meus próprios desejos...
E aprenderei a ser, pra sempre...
Meu fundo de esperança...

Reciclarei meu ser...
Conquistarei meus sonhos...
Darei meus passos...
Sem perder meu rumo e espaço...

Dessa vez, Primeiro Eu...
Depois, Eu de novo...
Assim poderei me entender...
Para então aceitar os outros...

Em minha liberdade e alma de aprendiz...
Sem condições para me perder...
De cabeça levantada e mente repleta...
Aprenderei a vencer com meu próprio ser.

(Extinção - P.M)

Diante da incapacidade moral...
Os pilares de sustentação já não aguentam...
Nessa marcha utópica pela evolução...
Demasiadamente enche-se a maré de extinção sedenta...

Na recusa de nossas vidas...
Monitorada pela premonição ofuscada...
Eis a realidade em trapos...
Diante da certeza em forma de nada...

à beira de um colapso nervoso...
Perante uma cova luzente...
Observa-se, inócuo, o diagnóstico crú da humanidade...
Refletindo a desgraça de forma aparente...

A respiração da serpente encontra-se ofegante...
Seus olhos observam o carácter inconstante...
Mas não se engane, não há tempo para recuar...
Iscas seremos diante do espasmo ocular...

A tentativa ja se faz inútel...
A mentalidade se rompeu do coração...
E a rotina já nao faz parte do instinto...
Perante essa estrada sem chão...

Nesse teorema a realidade não precisa de provas...
Estas estão regidas pela obra do prefácio incoerente...
E a inércia ja montou a estória...
Diante do naufrágio regente...

A importância de um valor...
Não esta no valor em sí...
E sim no motivo da beleza...
Que devemos descobrir...

Mas não há tempo para consolação...
Liberdade só faz sentido com respeito e introspecção...
Seja dono de suas ações...
E pense na densidade de suas decisões.

(Silêncio - P.M)


O silêncio não aprendeu a ter vontade
Chegou ao mundo, tímido e paciente
E pôs-se a caminhar, lentamente
De passagem...

Veio calado e quieto ficou
Permanecendo inerte, sem figurar
No segredo da interpretação se exilou
Mesmo que por vezes, em agonia, esperar

Não quis ser, nem teve querer
Conformou-se em matura solidão
No entanto, foi no sentido do seu tempo...
Paz e provação.

Observou todos a falarem...
Enquanto o mundo gritava
E diante dos barulhos infindáveis...
Apenas sonhava

Sonhava com o dia
em que tudo pararia...
Sem vestígio de som
E todos chegariam, em silêncio,
À mesma conclusão!

(Deus - P.M)

DEUS é o tudo
e o nada
o meio para o fim
o fim dos meios

o universo dos fatos
o relógio das horas
o amor pela fonte
da esperança sincera

a fé das montanhas
a força leal
o remédio da vida
espantando o mal

as cores do som
o brotar dos sentidos
o passar por tudo
sem perder o juízo

a graça do ser
grandiosidade e poder
a verdade perfeita
do sonho que existe

sabedoria dos mares
paixão pelo puro
a emoção e a beleza
em viver mais seguro

o abrigo da alma
a benção em essência
o horizonte da calma
sem perder paciência

a chave sagrada
o sentimento da paz
a visão mais presente
nos fazendo capaz

a porta única
respirar mais profundo
nascimento e velhice
remédio do mundo

tolerância e fé
silêncio e presença
os quatro elementos
do sexto sentido

luz e libertação
crescimento e piedade
sentimento e transformação
rumo à liberdade .

(Tentação - P.M)


O tempo parou
Minha cabeça a mil
Sei o caminho
Mas ele sumiu

Queria voar
Tomar mescalito
Conversar com um sábio
Sair do finito

Parar de pensar
Esquecer o dever
Enterrar o motivo
Viver para crer

Mudar de cidade
Me esconder em um pasto
Escolher a rotina
Viajar mundo vasto

Acabar e não recomeçar
Sumir em passagem
Me esconder em uma árvore
Me tornar paisagem

Quero ser oco
Não sentir por saber
Me tornar puro instinto
Viver por viver

Sumir na estrada
Procurar o nada
E achar o amor,
Dentro de mim

Fazer ritual
Ser aprendiz
Cultivar o mentor
Pra me dizer o que diz

Beijar meu avô
Viajar para longe
Sumir em presença
Me tornar viva ausência.

(Caminho da Memória - P.M)


Quem depressa se foi...
Sabe bem o motivo...
Por bem se foi...
Sem deixar nenhum ruído...

A memória me aquece...
Ou esfria bem depressa...
Depende do motivo da prece...
E do amor por quem se espera.

(Vontade Pura - P.M)


Quero prosear com um mendigo
Passar a noite sem caretas
Ouvir a importância de um dom
No mundo das incertezas
Viver sem pretensão...
Entender as linhas tortas
Descobrir o sim e o não
Assim como quem não se importa...
Compreender por trás da visão...
Praticar todos os atos
Expandir os sentidos
Com o infinito em abstrato
Ser mais meu do que sou...
Manter me livre no agora,
Calmo como uma árvore
Sem pressa de viver.

(Aurora Particular - P.M)


Respiro aurora particular
Movimento, fluxo, expansão
Vejo os semblantes do espaço a nadar
Nos campos de brilho da escuridão

O infinito e o nada
Me parecem uma só coisa
Enquanto um é arte do além
O outro é completude sem fim
(Trecho sem porém)

Sutilmente, navega o azul
Desde o início
Até o princípio do fim
Refletindo arrepio vasto e duvidoso
Em eterno espelho afeiçoado por preces

Lapidando meu olhar
Nado em sentimento
Eu, universo a propagar
Do céu ao mar...
Nesse momento.